Porque tanto insisto na singaseificação rápida, altamente eficiente e moderníssima de lixos, biomassas, fezes, sobras de alimentos, chão-de-fábrica/frigoríficos/fábricas alimentos etc.. para rápida limpeza ambiental - sem aterros e sem contaminações das aguadas e dos solos e com altos custos - mais para a geração elétrica barata e própria e/ou a vender?  

Existem muitas instalações de singaseificação no Mundo. Uma boa revisão deles pode ser encontrado no banco de dados da Worldwide Syngas do Global Syngas Technology Council em que as instalações podem ser localizadas e filtradas por matéria-prima, produto e tecnologia, entre outros.

Nos estudos a seguir (que disponibilizo “free” e tudo pela necessária e fundamental causa ambiental-energética), além de muito boa tecnologia mais revisões lógicas do tratamento térmico de RSU, biomassas e resíduos, principalmente na singaseificação, há conjuntos e listas de fábricas, instalações em todo o Mundo com suas capacidades e proprietários.

Vide principais fabricantes e/ou pesquisadores/desenvolvedores em:

https://www.globalsyngas.org/resources/the-gasification-industry/

https://globenewswire.com/news-release/2017/02/27/927889/0/en/Global-Markets-for-Gasifiers-to-2021-Featuring-Over-180-Companies.html

Como exemplos, no Japão, a Mitsubishi Heavy Industries tem uma fábrica de médio porte em Kushiro que opera desde 2006, processando 240 t./dia de RSU (2 unidades × 120 t./dia), produzindo 4,6 MWh de eletricidade.

“Tanigaki et al. revisaram a operação de duas fábricas no Japão e eles relataram mais de 46 instalações de singaseificação trabalhando atualmente, mas com foco no dois mais recentes. Um processa MSW com horas de operação maiores e menores consumíveis no Japão e o outro está focado em sua flexibilidade de resíduos, ou seja, processamentos não só RSU, mas também de IBA (rejeitos de centro de reciclagem e lodo de esgoto). Eles mostrar a confiabilidade dessas plantas, bem como suas eficácias nos tratamentos de RSU mais a eficiência energética e o cumprimento dos requisitos ambientais.”

Outras gigantes moderníssimas no Mundo atual (em especial por empresas riquíssimas e de renome e largas experiências, mas caríssimas – como já num cartel de fabricantes de singaseificadores) da Alemanha, Holanda, EUA e algumas da China são a seguir melhor descritas, sendo que a maioria não processa RSU ou biomassas diretamente, mas somente RDF de boa qualidade. Também, o foco econômico principal ou final não é gerar eletricidade, sendo mais para a produção de combustíveis artificiais pelo processo Fischer-Tropsch, o passo a seguir após se obter o singás (produzem metanol e diesel sintéticos ou outros) e/ou queima-se o singás para aquecimentos imediatos e/ou para a produção de vapor industrial barato.

Destaco na Europa a Lurgi, a Siemens, ECN-Bivkin/Milena, Foster Weller, Fraunhofer, WEG, CUTEC, UHDE, EQTEC e a OUTOTEC. Nos EUA, temos a Westinghouse/Alter NG e no Japão a Mitsubishi. Na China, temos a Haiqi, a Fengyu e a Lvhuan, mas seus equipamentos são muito pesados (a maior parte ainda em ferro fundido e não em aço especial AISI 310 ou 316) e ainda produzem pouco singás já limpo (sistema de limpeza barato), sendo ainda mais para queima e geração em pesadíssimos, com altas perdas e caríssimos moto-geradores em ciclo Diesel-Bosch das marcas Perkins, MWM, Volvo, Scania etc.. a maioria já fabricada na China etc.. e ainda quase não usam tal singas para queima e produção de vapor turbinável de uso eletrico rankine. Na Índia, temos as gigantes Ankur e a Chandepur, mas também pesadas e caríssimas.

A maioria deles já alcança uma produtividade geradora de 2,5 MWh com o processamento de apenas 1,0 ton./hora de “RDF - Refuse Derivative Fuel“, este obtido a partir de biomassas ou de lixos urbanos, resíduos, fezes etc.., mas já com 18% de umidade final e poder calorífico mínimo de 2.800 kcal/kg (o lixo bruto de cidades ou de bairros muito pobres – com muitos orgânicos, ou seja, com sobras de alimentos, biomassas etc.., somente contem 850 kcal/kg e nas cidades maiores - com mais escritórios, plásticos, pet, pneus velhos, papelões etc.. – produz-se RSU bruto com entre 2.300 kcal/kg e 3.500 kcal/kg e, em média, entre 900 gr e 1.200 gr. habitante/dia).  O lixo urbano bruto (nunca o pré-catado ou o de coleta seletiva anterior nos prédios ou nas cooperativas ou centrais reciclagens etc.., pois este não serve para singaseificar e gerar eletricidade e/ou aquecimentos/refrigerações reversas) contém cerca de 50% de água e o esgoto/lodo e as fezes animais e humanas até 90% de água que, obviamente, não serve para singaseificar mas que, beneficamente, precisa ser devolvida a natureza do local ou de vizinhos para outros usos diretos e/ou para re-tratamentos.

“Assim, não existe uma regra geral para garantir o sucesso da singaseificação (em geral, não uso os termos gaseificação para não confundir com a biogaseificação lenta – esta altamente rica em metano e pobre em h2 -, técnica esta completamente diferente da para singás rápido e com alto teor de hidrogênio e pobre em metano) ou de co-gaseificação de RSU ou similares, todos ditos como matérias-primas sujas  – até mista com outra fonte a queimar – mais de sua instalação e dos rendimentos/eficácias, tudo, aliás, muito dependendo da tecnologia usada, da natureza e da variabilidade e qualidade da matéria-prima (necessariamente, a ser - prévia e constantemente - bem medida, testada e acompanhada até por bairro ou fonte) e, fortemente, da estrutura local de custos diretos e comparados e dos preços finais. Em alguns poucos locais, o aterro, se  barato e realmente eficaz, ainda é permitido e a WtE (waste to energy) tende a não ser uma opção economicamente viável. Mas, onde a eliminação de resíduos está se tornando mais regulamentada e cara, uma planta WtE dos tipos mais modernos e eficientes é uma ótima opção para reduzir a quantidade de material descartado e sua instalação tende a proporcionar um imenso benefício ambiental e socioeconômico, que pode ser a boa ou grande obtenção de energia elétrica, de aquecimentos/refrigerações e/ou de produtos químicos  com maior valor agregado”.

“A singaseificação tem sido usada por mais de 100 anos no produção de combustíveis e produtos químicos, mas com pouco sucesso, devido à elevada e barata disponibilidade, desde 1920 ou antes, de combustíveis fósseis e de outras formas de geração de energia (carvão, gas natural etc.), mesmo que altamente poluentes, mas, hoje, tais petrolíferos e similares já são insuficientes e muito problemáticas e que, com certeza, serão ou precisarão ser substituídas rapidamente, enquanto fontes caras, de baixo rendimento cinético/térmico/elétrico e altamente poluidores. Apenas durante a segunda guerra mundial foram construídos em torno de um milhão de mini a pequenos singaseificadores para usos no setor civil (alguns chamados de gasogênio, mas somente para singaseificar carvão natural), pois, o setor militar, como um todo, usava toda a gasolina disponível. A partir dos anos 80 foi renovado o interesse mundial na pesquisa, desenvolvimento e na construção de singaseificadores modernos, mais eficazes e multifontes  mais de instalações para demonstração de suas aplicações comerciais, particularmente nos processos de singaseificação das biomassas, devido à diminuição do combustível fóssil no Mundo e o aumento do aquecimento global”.

“Segundo cientistas e autores, externos (no Brasil, há pouco de bem pesquisado e publicado acerca – pelo menos copiado ou analisando dados mínimos e as R&D, prototipagens, resultados socioenonomicos e ambientais, regulamentações, fabricações, mercados etc., externos -, exceto algo, heroicamente, pela Universidade Federal de Itajuba - MG), “as principais vantagens, somadas, da singaseificação rápida de resíduos sólidos urbanos são: (a) Forte redução de massa de resíduo (cerca de 70-80%) e de seu volume (cerca de 80-90%); (b) Drástica redução no uso da terra necessária (estima-se que um alnta para tratamento de WtE/MSW/RSU bem preparado e para processar 1 t./hora e por quase 30 anos requer menos de 100.000 m2 de terreno, para ser comparado com mais de 3.000.000 m2 seria necessário para descarregar 30 milhões de toneladas de RSU nos aterros; (c) Ocorre grande destruição de poluentes orgânicos, como halogenados hidrocarbonetos; (d) Idem, ocorre a grande concentração e imobilização de contaminantes inorgânicos para que eles possam ser usados de forma eficaz e descartado com segurança (alcatrões, glicerina loira, dioxinas, nitrificados, sulfatados etc..); (e) Acontecem elevados usos de materiais recicláveis do calor residual, como de metais ferrosos e não ferrosos mais de cinzas e de escórias; (f) Reduzem – real, eficazmente e de forma bem mais barata e rápida -  as elevadas emissões de gases de efeito estufa quando pela decomposição anaeróbica de resíduos orgânicos ou de alguns cultivos ou de palhadas/capins (por exemplo, ao processarem e gerarem muita eletricidade com cascas e sobras de cultivos de arroz e também a partir de fezes animais, sem queimas, reduzem/compensam muito as pegadas de carbono mais as grandes emissões do tipo “efeito estufa” pela elevadas produções de metano pelo arroz e animais ruminantes); (g) Acontece a possível, elevada e rapidíssima (2-5 minutos) geração de energia elétrica renovável a partir de resíduos sólidos, liquidos e pastosos, idem de aquecimentos, idem de refrigerações reversas por chiller de absorção etc..”.

“Os autores também relatam melhorias reduzindo a acidificação do ar à medida em que quase que eliminam o problema, cerca de 4 vezes maior, da quantidade de óxidos de enxofre que são emitidos pela incineração. Da mesma forma, ocorre a redução da eutrofização, pois, por meio da singaseificação são enviadas 10 vezes menos quantidade de ppm de PO4 em relação a incineração. No caso dos gases de efeito estufa, talvez os mais aspecto relevante deste estudo, alguns autores também relataram maiores reduções e não-vazamentos de gás, pois estes ocorrem muito em aterros sanitários. Também, quando comparada com a tecnologia de incineração, a singaseificação evita mais 400% das emissões de CO2.”

“Também, uma vez que o processo de singaseificação ocorre com a injeção bem controlada de quantidades mínimas de oxigênio, a formação de dioxinas é bem menos do que na combustão. A emissão de dioxinas por este processo é 0,2 e-10 g/m3 de singás produzido, enquanto a queima  do biogás produzido nos aterros por meio de tochas é 1,8 e-7 biogás g/m3”.

Assim, aqui no Brasil, a singaseificação rápida (não é a pirolização apenas parcial e sem mercados; muito menos a incineração; nem mesmo a biogaseificação lenta e rural e ainda com filtros caríssimos exigidos pelo dobro ou o triplo do sistema básico e também para queima, agora do metano, em caríssimos moto-geradores), além de possibilitar uma gigante, real e rápida, limpeza ambiental (sem exigir aterros), a antiga - mas moderníssima/renovada - singaseificação (singás) pode ser a melhor proposta e bastante viável como melhor alternativa para o tratamento de resíduos sólidos urbanos, biomassas, cascas, podas de gramados e de árvores, fezes animais e humanas, pneus velhos, lodos de esgotos, resíduos chão-de-fábrica/frigoríficos/peixes/ovos/lácteos, sobras alimentos etc.. e tudo com recuperação de muita energia (para uso próprio, individual ou coletivo, e/ou para vendas inclusive pela Geração Distribuída ou societária). Ela também pode ser a solução para o SEVERO problema de emissões e de derramamentos, contaminações etc.. de rios/lagos/lençol freático e atmosfera dos aterros sanitários antigos e atuais; também por meio do bem melhor uso do solo por tais aterros (no futuro, também até para a recuperação de solos degradados com plantios de florestas energéticas/ambientais certificadas e nos excelentes formatos técnicos e modelos - mesmo que já antigos e pouco usados - de ILPF - Integração Lavoura Pecuária Floresta – e/ou de MSF – Manejo Florestal Sustentado - da EMBRAPA e de outros órgãos). No entanto, no Brasil, ainda enfrenta-se alguns aspectos de elevados DESCONHECIMENTOS e RESISTÊNCIAS ACERCA mais muito prejudicados que são por uma VISÃO ECONÔMICA/AMBIENTAL CURTÍSSIMA mais DE MODISMOS mais de desafios econômicos, principalmente relacionados à alta  natureza heterogênea dos RSU e de seus possíveis custos. Eles aqui e agora são bem comparados com os atuais tecnologias de incineração criminosa e/ou de biodigestão lenta de lixos molhados/biomassas/pastas de coletas seletivas/pré-catagens, chorumes etc.. e, pior, de aterramentos problemáticos, contaminantes e com curta vida útil. Atualmente, além de somente durar por 12 a 15 anos, um bom aterro sanitário custa de 2 a 3 vezes mais, em R$, do que um bom e eficiente singaseificador nacionalizado ou semi-importado - como os nossos sino-brasileiros (70% chineses e 30% nacionais e com nossas tecnologias para RDF) e estes nossos, ou outros, singaseificadores modernos (além dos nossos sistemas sino-brasileiros, tenho 6 patentes inovadoras e revolucionárias em andamento acerca) são muito mais eficiente socioeconômica e ambientalmente e não gerando problemas nem custos para os munícipes, mas apenas soluções e receitas.

No Brasil, infelizmente, ainda vivemos, e não conseguimos evoluir ambiental-energeticamente, depois das ótimas tecnologias e de sucessos - MAS apenas temporárias e de sustentabilidade total e real mínima - do etanol mais do biodiesel e, recente, do petróleo do pré-sal e idem da energia solar apenas fotovoltaica, esta até bastante irreal, e nem sempre tão honesta numa visão atual e comparativa. O que já se sabe antecipadamente é que em até mais 40 anos a economia do petróleo deverá ser substituída pela economia elétrica mais do hidrogênio (este, inclusive, que pode ser obtido bem mais barato pela futura concentração do h2, obtido pela singaseificação das biomassas, fezes, lixos, resíduos etc.., sendo que o bom singás já contém de 35% a 45% de h2 na base e na saída do singaseificador) mais de outras fontes para promoção da necessária, urgente e gigantes limpezas ambientais reais, rápidas (o tempo urge, pois vejam as já elevadíssimas temperaturas atuais alcançadas e globalmente) e, sobretudo, economicamente, muito competitivas e duradouras (por milhares a milhões de pequenos e médios singaseificadores baratos, não-cartelizados e somados/conjuntos mais por centenas ou mesmo milhares de torres eólicas offshore mais por dezenas ou centenas estações com capturas de energias das ondas e marés mais, idem, das energias das gotas de chuvas mais de telhados termo-solares bons concentradores e reflexivos de todos os raios diretos e indiretos, em volta mais dos albedos vizinhos, e reais por até 7 horas/dia etc..).