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ONDE MORA A FELICIDADE?


Paulo Lot Calixto Lemos

Discutir felicidade significa refletir sobre o que é realmente importante na vida. O que se entende por felicidade? Quando alguém se declara feliz, diversas sensações podem estar acontecendo, de forma independente ou em complexas combinações:

Pode estar feliz por algo em particular que aconteceu (ex: Brasil ganhou a copa), pode estar se sentindo feliz “agora”, independentemente de ter ou não motivos para isso (acordou de bem com vida como dizem), ou pode se sentir feliz ao avaliar positiva e complacentemente o conjunto de sua vida.

Afinal o que houve de errado no projeto iluminista que prometeu a conquista da felicidade plena através do progresso cientifico e material?

Ele trouxe, com certeza, o progresso técnico, e com ele um maior domínio da natureza e um aumento gigantesco dos níveis de produtividade, renda e consumo. Nada disso, porém, traduziu-se num aprimoramento ético, moral e político dos homens. Conclui-se, portanto, que tal progresso, além de ferir o equilíbrio ecológico, se mostrou incapaz de nos conduzir à tão sonhada felicidade...

Hoje, os edifícios são cada vez mais altos e as estradas ainda mais largas. Porém os sentimentos estão cada vez menores e os pontos de vista a cada dia mais estreitos.

Possuímos hoje, casas cada vez maiores, porém famílias a cada dia menores.

Temos, hoje, mais e mais compromissos, porém a cada dia, menos e menos tempo.

Hoje, temos cada vez mais conhecimento, porém a cada dia menos discernimento. Gastamos mais, porém desfrutamos menos.

Hoje, a cada dia temos mais e mais remédios, porém menos saúde. Multiplicamos nossos bens, porém temos reduzido nossos valores. Aumentamos largamente a produção de alimentos, porém o mundo passa fome.

Hoje, o homem é capaz de ir até a lua, porém tem dificuldade para atravessar a rua e conhecer o seu vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas estamos longe de conquistar nosso próprio interior.

Hoje, contamos cada vez mais com a ciência e a tecnologia, porém cada vez menos com o amor e a fraternidade.

É tempo de casas lindas e lares desfeitos. É tempo de mais liberdade e menos felicidade.

Por tudo isso proponho que de hoje e para sempre:

Passe mais tempo com sua família e com seus amigos, coma sua comida preferida, visite os lugares que ama.

Reze mais, leia mais, sente-se na varanda, admire a paisagem e o nascer de um novo dia.

Use suas taças de cristal, não guarde seu melhor perfume, dê a alguém que necessita aquilo que você não precisa ou que tenha demais.

Durma abraçadinho com a pessoa que ama. Respire fundo o ar puro da manhã. Diga à sua família e aos seus amigos o quanto eles são queridos.

Escreva agora aquela carta ou dê, neste momento, aquele telefonema que estavam agendados para “qualquer dia desses”.

Não protele nada daquilo que somaria a sua vida e a sua alma apenas paz e alegria.

A vida é uma sucessão de momentos a serem degustados. O sabor pode ser doce ou amargo. Depende de você.

Um feliz ano novo para você, e principalmente...

Um bom começo de mudança!!!

Paulo Lot Calixto Lemos

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