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Por que é hora de investir em seu negócio


Prof. João Mariano
A  Cultura do “Depois eu Faço”
No Brasil criou-se a cultura do “Depois eu Faço” e todos os momentos culturais, religiosos, esportivos, são motivos para adiar decisões e ações...Temos o “depois do carnaval”....”depois da copa”...”depois do natal”...”depois do ano novo”...”depois de “qualquer feriado”....  E estes feriados, quase sempre emendados com os dias úteis quando caem na   3ª.f ou 5ª.f. Até nos serviços públicos são colocados como dias facultativos...É um comportamento quase generalizado a nível nacional, apesar do país amargar uma baixa produtividade para competir com produtos do exterior.
Mesmo neste momento econômico que o país atravessa, cuja origem política ainda caminha para soluções a passos de tartaruga, muitas empresas adotam a cultura do “Depois eu Faço”...”vamos esperar as coisas serem resolvidas em Brasília e aí decidir se vamos investir ou não”.....”melhor esperar a poeira baixar”....”a coisa tá quente ainda, melhor deixar esfriar um pouco”....”dependendo do que ocorrer no Governo, vamos definir novos rumos”..... 
Ainda nesta semana, numa casa de massas com 3 unidades em Guarulhos, ouvimos de um dos herdeiros....”até o carnaval não vamos investir nada”....como o carnaval será em 09 de fevereiro de 2016, até lá essa empresa vai estar parada esperando ver o que acontece, uma mentalidade atrasada e perigosa nos dias atuais, de competição e velocidade....
O Prejuízo da Inércia do Processo
O tempo que se perde no país devido ao hábito de condicionar decisões corporativas à cultura do” Depois eu Faço” gera um conflito em relação à necessidade atual de melhorar a produtividade individual nas empresas brasileiras para que se tornem mais competitivas e consigam competir em classe mundial num mercado aberto e sem proteção.
A inércia dos processos, mostra que ao tomarmos uma decisão existe um tempo para que a mesma faça efeito e mesmo assim a normalização é gradativa. É como se você ao frear seu carro, tenha vários fatores influindo como força da pisada no freio, situação do solo, se molhado ou seco, com óleo ou areia, qualidade do equipamento do veículo, freios normais de lona ou abs e até o estado de atenção pessoal do condutor no momento da ação, se atento, desperto, consciente ou não...
Frear forte demais pode gerar um descontrole do veículo, perda da direção e acidentes....Frear fraco pode não ser suficiente para evitar uma batida ou acidente com pessoas.   Na empresa, decidir deve ser com força suficiente para corrigir os rumos e em tempo hábil para ter efeitos positivos.
Qual o momento adequado para decisões e ações ?
Em qualquer tipo de negócio atualmente, deve-se monitorar os resultados de todas as áreas, ter em mãos os kpi´s (indicadores chaves de resultados), projetando as tendências e com base nelas, tomar medidas corretivas logo que começarem a fugir dos padrões, sejam especificações técnicas ou perdas de resultados econômico financeiros em negócios, queda de vendas no varejo, ausência de clientes nos serviços, falta de pedidos nas indústrias, oscilações fortes de mercado.  Essas movimentações refletem na demanda e nos resultados e podem trazer consequências dramáticas aos negócios acomodados e que adotam a cultura “Depois eu Faço”....
Esperar as soluções políticas ou sair na frente ?
Um sábio dizia que “as folhas caem no tempo certo”....mas é fato e ditado popular no interior de nosso país, que “para colher é preciso plantar”....e para plantar bem exige-se bom preparo do solo, sementes de qualidade, técnicas produtivas e atenção para detalhes da natureza, análise do ph  do trecho onde haverá a semeadura, maquinário e uso de insumos adequados....
Tudo isso e ainda depender dos riscos climáticos que podem reduzir as colheitas.  Os produtores melhor preparados, sejam em formação, conhecimento prático ou tecnologia terão as melhores colheitas.
Da mesma forma, as empresas e gestores, que tiverem investido mais em planejamento, organização, treinamento e capacitação dos colaboradores terão vantagens competitivas ao decidir e implementar ações que permitam ocupar maiores espaços no mercado, na frente dos concorrentes menos ativos....aqueles que são do tipo “Depois eu Faço”...
A frase “correr atrás”, tão usada por muitos brasileiros denota falhas nos processos de gestão dos negócios ou na percepção das pessoas, pois significa que algo não foi feito em tempo hábil, no momento adequado. “Correr atrás” é tardio para esses tempos competitivos, de mercado aberto, sem proteção, de alta velocidade nas mudanças, é quase um atestado de fracasso dos negócios.
É como uma corrida, onde competidores fortes se posicionam na sua frente e você tem que alcançá-los, mas eles já tem suas vantagens competitivas,  ocuparam parte do mercado com suas ações comerciais e logísticas, às vezes até atendendo ex-clientes seus por questão de preços ou outras facilidades.
Quem sair na frente vai deixar os atrasados comendo poeira, é o que ocorre atualmente em quase todos os mercados,  vai ter maior possibilidade de sobreviver e crescer, principalmente numa economia em transição, com mudanças constantes.
E você, em seu negócio, vai esperar o carnaval para investir ? Correr atrás ? ou Sair na frente ? 
Autor : Prof.João Mariano de Almeida, administrador de empresas, com pós em RH e mestrando em Gestão de Negócios, atuando desde 1981, em T&D (para formar e reciclar lideranças), produtividade pessoal (redução dos ciclos das atividades), produtividade empresarial (processos, problemas, decisões) e inteligência de mercado (rever marketing, expandir vendas).
É autor do kit de áudiolivros “As 10 Dicas para o Sucesso da Empresa Familiar” .

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