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Líderes dedicam pouco tempo à liderança


Eleri Hamer
Em todos os setores da economia a liderança tem sido um dos temas recorrentes nas discussões sobre gerenciamento de empresas e de carreiras.
Muito se tem escrito e falado sobre a importância de liderar ao invés de chefiar, as tipologias de liderança, além da propagação de modelos influenciados pelos casos como os de Jack Welch e até mesmo Sun Tzu, militar Chinês do século IV a.C., guindado a inspirador de várias áreas da administração, inclusive a liderança.

Em tempos de mudanças estratégicas e uma necessária e rápida adaptação, os líderes e a capacidade de liderança tornaram-se imprescindíveis e motivos de diferenciais competitivos nas empresas.
A propalada capacidade de se adaptar às mudanças que as organizações enfrentam todo dia tem um pondo fundamental de sustentação na direção e execução dada à liderança que os dirigentes desempenham.
Já é de senso comum que as melhores empresas nem sempre possuem os melhores profissionais. Um time formado por grandes estrelas pode não ganhar o campeonato. A questão central está nas pessoas que coordenam a equipe ou empresa: os líderes
Segundo diferentes pesquisas, os líderes superestimam a sua influência sobre os seus liderados. Na prática, muitos acreditam que tenham a empresa sob o seu controle, mas para isso necessitam controlar excessivamente os seus subordinados, desencadeando situações negativas, como alto turnover ou mesmo o baixo desempenho por falta de motivação.
Liderança não é algo simples de exercitar. São necessárias dedicação e aprendizagem constante para ser um bom líder. Um líder adequado parece ter a capacidade de agir como um comandante ao mesmo tempo em que não permita que a arrogância lhe suba a cabeça, tendo humildade para mostrar curiosidade naquilo que não tem certeza.

Numa matéria publicada no site da Revista Amanhã, uma pesquisa da Proudfoot faz um alerta interessante em relação ao tempo gasto pelos executivos brasileiros às tarefas realmente importantes, como aquelas relacionadas ao exercício da liderança.
Segundo a pesquisa, os profissionais que ocupam cargos de supervisão e gerência no Brasil reservam apenas 19% de seu tempo útil para a “supervisão ativa”, que abrange todas as atividades inerentes à liderança e à tomada de decisão. Já os problemas “urgentes”, de ordem administrativa ou burocrática, consomem cerca de 59% do tempo.
Deduz-se que nessas empresas o tempo gasto com planejamento, coordenação e direção das atividades deve ser pequena, gerando problemas de execução, o que induz, por sua vez, a problemas inter-deparatamentais.
Isso significa que os líderes que ocupam as funções de gerência ou coordenação devem antes de tudo identificar o que de fato é estratégico para a empresa e principalmente nas suas atividades. Depois decidir como agir.
Além de balancear o tempo gasto com liderança e rotinas é fundamental que as pessoas que desempenham essas funções dediquem outra parcela do tempo para a capacitação, sejam deles ou dos colaboradores.
É comum gestores se recusarem a reconhecer de que necessitam melhorar o seu próprio desempenho como líderes. Normalmente acreditam que fazem o máximo que podem para dirigir e tomar boas decisões, sem necessidade de mudar o seu modo de agir.
Encontrar o equilíbrio entre o excesso de confiança e a insegurança parece ser um grande desafio dos gestores em posição de liderança.
Uma boa semana de Gestão & Negócios.

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