
Os agricultores brasileiros estão vivendo uma espécie de Tensão Pré-Plantio (TPP). Esta TPP é um grande martírio para os produtores, os cenários não são ruins, porém, longe de serem extraordinariamente positivos como gostariam que fossem os otimistas sojicultores. Por outro lado, me permite continuar afirmando que de forma alguma devemos retomar o plantio
Dentre outros, alguns motivos para a ocorrência da TPP entre os produtores estão o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que agora em setembro divulgou informações indicando queda na produção mundial de grãos na safra 2007/2008. Mesmo assim, segundo o USDA o mundo colherá no próximo ano, 774,10 milhões de toneladas de milho, portanto, 4,43% a mais que na safra passada. Este aumento se dará em função do aumento de 26,0% na produção de milho pelos Estados Unidos que deverá colher mais de 338 milhões de toneladas.
Já a soja, no mesmo relatório, tem uma estimativa de produção mundial de 221,27 milhões de toneladas, portanto, 6,26% menor que a safra passada. Esta redução se dará em função de que para a produtividade da safra dos EUA está se prevendo uma diminuição. Outro aspecto interessante quanto à soja nos Estados Unidos é o aumento do consumo de óleo de soja para a produção de biodiesel de 17,6% para 19,7%. Isto já vem agitando o mercado mundial de soja.
A segurança de melhores preços na safra 2007/2008 para a soja, em relação à passada é apontada no relatório em função do aumento da diferença entre a oferta e a demanda mundial, onde a oferta cai 6,25% e a demanda aumenta 4,57%, portanto, este é o grande indicativo que poderá oferecer melhores resultados aos produtores de soja. Devemos atentar, no entanto, que em nada foram alteradas as absurdas condições de transporte
Além da logística disponível, concorre contra os agricultores a questão climática. De novo está presente o intrigante “
Para o Estado de Mato Grosso, confirmadas as previsões climáticas, verificaremos algumas vantagens para os sojicultores do município de Lucas do Rio Verde, de parte dos municípios de Sorriso, Tapurah, Nova Mutum e de Nova Ubiratan, onde verificamos o inicio do período chuvoso mais cedo, assim, ao colher também mais cedo, encontrarão, ainda, o mercado extremamente comprador, portanto, com melhores preços em relação as safras passadas.
A TPP será maior para os rizicultores mato-grossenses, já que segundo o Instituto Rio-grandense do Arroz (IRGA) a produtividade do arroz do Rio Grande do Sul deve aumentar como sempre ocorre com a presença do
Assim deverá ser a nossa próxima safra, com muita tensão desde o plantio à colheita, mas assim é a agricultura, toda esta TPP traduz os sérios riscos da atividade.