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Indústria de algodão vê aumento no consumo e no comércio

Retomada na indústria têxtil


Foto: Embrapa

O mundo do algodão está pronto para um ano de mudanças dinâmicas, de acordo com as últimas projeções das Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial (WASDE) do Departamento de Agricultura dos EUA. Prevê-se que a temporada 2023/2024 exiba um aumento na oferta global de algodão, graças ao aumento dos estoques iniciais que efetivamente contrabalançam uma redução de 664.000 fardos na produção. Curiosamente, mesmo com a queda na produção, esperamos uma retomada no consumo, uma leve queda nos estoques finais e uma queda na produção de menos de 1%.

Apesar da queda geral na produção, o rendimento médio global permanece relativamente inalterado, indicando uma mudança na geografia da produção de algodão. Reduções notáveis na área colhida estão previstas na China, Índia, Turquia e Austrália, enquanto os Estados Unidos e a Zona do Franco da África Ocidental devem preencher essa lacuna com o aumento da produção.

Espera-se que esse pivô tenha um efeito cascata na indústria têxtil global, que começou a recuperar o impulso no final de 2022. Essa retomada deve continuar em 2023/24, estimulado por um leve aumento na atividade econômica global em 2024, conforme indicado pelo Fundo Monetário Internacional.

O comércio de algodão, espelhando o padrão de consumo, deve se recuperar aos níveis vistos em 2021/2022. Essa recuperação é um sinal de esperança para a indústria global do algodão, que enfrentou tempos difíceis nos últimos anos.

As estimativas globais de 2022/2023 retratam um cenário de maior produção e menor uso em comparação com o mês anterior, resultando em estoques finais projetados superiores a 600.000 fardos. Esse aumento inesperado se deve principalmente aos aumentos relatados nas safras do Uzbequistão e da China, em 500.000 e 200.000 fardos, respectivamente, e na safra do México, que aumentou em 180.000 fardos, de acordo com dados do governo.

Em contraste, uma revisão histórica dos dados da Birmânia, que remonta a cerca de uma década, leva a uma redução de 275.000 fardos na produção de 2022/23. Além disso, prevê-se que o consumo seja cerca de 540.000 fardos menor este mês, já que uma queda em Bangladesh, Birmânia e Turquemenistão supera os aumentos na Índia e no Vietnã.

Em conclusão, espera-se que o mercado global de algodão em 2023/24 seja um delicado equilíbrio entre oferta e demanda. Com padrões de mudança na produção de algodão e o ressurgimento esperançoso da indústria têxtil global, as partes interessadas terão que navegar em um cenário marcado por incertezas e oportunidades. 

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