Malásia e Coreia liberam novos produtos do Brasil

O governo brasileiro concluiu negociações fitossanitárias com Malásia e República da Coreia para permitir a entrada de novos produtos do agronegócio nacional nesses mercados. Segundo o comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Malásia autorizou a importação de DDG, “coproduto da produção de etanol a partir de grãos”, utilizado em rações animais. O país, que tem mais de 35 milhões de habitantes, importou “US$ 1,2 bilhão em produtos agropecuários do Brasil no último ano”.

A abertura para o DDG se soma às autorizações recentes para pescados, maçãs, melões, ovo em pó e gergelim, consolidando, conforme o governo, uma pauta que “atende tanto ao mercado de alimentos processados quanto ao segmento de serviços de alimentação e turismo”.

Na República da Coreia, as autoridades aprovaram a entrada de amêndoas de macaúba e noz-pecã. O governo destaca que a macaúba é “uma palmeira nativa encontrada em todo o território brasileiro”, enquanto a noz-pecã responde por “3% a 4% do mercado mundial de nozes e castanhas”. O Brasil é atualmente o “quarto maior produtor” desse fruto, atrás de Estados Unidos, México e África do Sul.

Segundo dados oficiais, a Coreia importou em 2024 mais de “US$ 2,8 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro”, com grãos, carnes e oleaginosas na liderança. A inclusão de macaúba e noz-pecã reforça a presença de produtos brasileiros de maior valor agregado e se soma a aberturas recentes para gergelim e couro bovino.

O governo afirma que, ao diversificar destinos e produtos, o país “fortalece sua posição como fornecedor confiável” e amplia oportunidades para produtores e agroindústrias. Com os anúncios, o agronegócio nacional chega a “491 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023”. Os resultados, segundo o comunicado, são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária e do Ministério das Relações Exteriores.