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Importância da mandioca

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Foto: José Luis da Silva Nunes

A cultura da mandioca está estabelecida, mundialmente, entre os paralelos 30º de latitude Norte e 30º de latitude Sul nas zonas tropicais das Américas, África e Ásia. A espécie é componente cotidiano da refeição de cerca de 1 bilhão de pessoas, constituindo-se num dos principais alimentos energéticos, sobretudo naqueles países em desenvolvimento.

Entre 1975 e 2019, a produção mundial de raízes de mandioca cresceu a uma taxa média anual de 4,0%. O aumento da produção no período deveu-se a dois fatores:

- De um lado, acréscimos ocorridos na área cultivada, que contou com uma taxa média de crescimento anual de 1,5%;

- E de outro, incrementos nos níveis de produtividade, passando de 8,6 t/ha em 1975, para 13,6 t/ha em 2019.

Ao considerar o ranking das 20 maiores produções agropecuárias no mundo, a mandioca ocupa a décima quinta posição em termos de quantidade produzida.

Ao se considerar a taxa de crescimento médio da produção, verifica-se que os continentes africano e asiático tiveram as maiores taxas de crescimento. No continente africano, esse crescimento deu-se pelo aumento da área cultivada e pelo incremento na produtividade. Na Ásia, essa alta taxa de crescimento da produção foi em função do incremento ocorrido na produtividade.

Com relação ao ranking da produtividade da cultura de mandioca têm-se as seguintes situações:

- Ásia em primeiro lugar, com 21,1 t/ha;

- O continente americano, em segundo, com 12,5 t/ha;

- A Oceania, em terceiro lugar, com 12,3 t/ha;

- O continente africano, em quarto lugar, com produtividade de 11,5 t/ha.

Esse índice deve-se ao baixo nível tecnológico da produção, à incidência de doenças, como mosaico africano e bacteriose, e à grande ocorrência de pragas. Na África, são consumidos, principalmente, derivados da mandioca, que, em geral, passam por um processo fermentativo, o que equivale à farinha de mandioca consumida no Brasil.

No Brasil, os principais estados produtores são o Pará (21,0%), Paraná (17,0%), Bahia (9,2%), Maranhão (7,0%), São Paulo (5,6%), Acre (5,3%) e Rio Grande do Sul (5,1%), responsáveis por 70,2% da produção nacional de mandioca. A concentração ocorre nos estados do Norte (34,6%) e do Nordeste (24,4%), que representam 59,0% da produção nacional, onde a mandioca também representa a principal fonte energética para a população de baixa renda. Nessas regiões, o principal destino é o consumo humano, onde se pode constatar que mais de 90% é consumida sob a forma de farinha, beiju, polvilho doce.

 

José Luis da Silva Nunes

Engenheiro Agrônomo, Dr. em Fitotecnica

Fonte

SOUSA, T.C.R.; AGUIAR, J.L.P.; LÔBO, C.F. Importância econômica da cultura da mandioca. In: Cultivo da Mandioca para Região do Cerrado. Disponível em https://www.spo.cnptia.embrapa.br/conteudo?p_p_id=conteudoportlet_WAR_sistemasdeproducaolf6_1ga1ceportlet&p_p_lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&p_r_p_-76293187_sistemaProducaoId=5304&p_r_p_-996514994_topicoId=5748.

 

 

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