Brasil deve importar volume recorde de fertilizantes em 2025
O cenário internacional, no entanto, segue desafiador
O cenário internacional, no entanto, segue desafiador - Foto: Divulgação
Os custos de produção agrícola no Brasil seguem em alta, e os fertilizantes continuam sendo o principal fator de pressão nas margens dos produtores. Segundo o Rabobank, a expectativa é de que 2025 registre um novo recorde histórico de importações, com cerca de 45 milhões de toneladas do insumo chegando ao país, superando o volume de 2024 e refletindo o aumento da demanda interna.
Entre janeiro e setembro de 2025, já foram importadas 33,6 milhões de toneladas, frente às 31,6 milhões do mesmo período do ano anterior. As entregas ao consumidor também devem crescer cerca de 10%, totalizando 46,6 milhões de toneladas até o fim do ano. Esse aumento reforça o papel estratégico dos fertilizantes no planejamento agrícola e evidencia a dependência brasileira de insumos externos.
O cenário internacional, no entanto, segue desafiador. A alta dos preços do fósforo (MAP), impulsionada pela menor oferta global e pela redução das exportações chinesas, tem elevado o custo da adubação em praticamente todas as culturas. Em média, o custo por hectare deve subir 7,4% em 2025 em relação a 2024, com destaque para a cana-de-açúcar, cuja elevação média chega a 10,7%.
Apesar do aumento da oferta interna, o mercado global ainda enfrenta desequilíbrios entre oferta e demanda, o que mantém os preços dos nutrientes em níveis elevados. Para 2026, o Rabobank prevê que os custos sigam pressionados, especialmente para produtores de grãos, consolidando um período de margens apertadas e reforçando a necessidade de estratégias mais eficientes de manejo e aquisição de insumos.