Falta de chuvas preocupa produtores de pêssego
Colheita de pêssego avança no Rio Grande do Sul
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A colheita do pêssego avança nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (11). Na região administrativa de Caxias do Sul, em Pinto Bandeira, maior polo produtor da fruta, a safra está em pleno andamento. As variedades BRS Kampai e BRS Fascínio encontram-se em fase final, enquanto cultivares de ciclo médio, como Chimarrita, Charme e BRS Serenata, concentram o maior volume colhido. Também teve início a colheita da variedade PS 10711 e da nectarina, com destaque para a cultivar BRS Carina. De acordo com o levantamento, “os produtores relatam leve atraso na maturação dos pomares nesta safra”, e os preços pagos ao produtor variam entre R$ 3,50 e R$ 6,00 por quilo, conforme calibre, qualidade e mercado. A colheita da ameixa também começou, com predominância da variedade Fortune.
Na região de Pelotas, a colheita das cultivares precoces foi encerrada, com bom padrão fitossanitário, o que reduziu a necessidade de manejos adicionais. Já as variedades de ciclo médio, como Granada e BRS Jaspe, e as tardias, como Maciel, Esmeralda, Jade e Santa Áurea, entraram em colheita e apresentam sintomas de restrição hídrica no enchimento dos frutos. Conforme o informativo, “como poucos produtores dispõem de irrigação, a maioria está apreensiva devido à falta de chuvas”. Não há registros relevantes de doenças como antracnose ou podridão-parda, e a população de mosca-das-frutas permanece estável, com indicação de monitoramento contínuo. A Emater/RS-Ascar destaca preocupação com pomares que não passaram por colheita de limpeza, pois “podem servir de criatório para a multiplicação da praga nos pomares vizinhos”. Diante dos preços pagos pela indústria, fixados em R$ 2,10/kg para pêssegos tipo I e R$ 1,85/kg para tipo II, alguns produtores têm cancelado encomendas de mudas para o próximo plantio.
Na região administrativa de Soledade, as variedades de ciclo intermediário seguem em colheita. A produção se mantém dentro do esperado em áreas com manejo adequado, embora o tempo seco tenha contribuído para maior incidência de podridão-parda e aumento da mosca-das-frutas, exigindo reforço nas práticas preventivas.
Em Santa Maria, os produtores registram produtividade dentro do padrão da cultura. Em São Vicente do Sul, a principal ocorrência fitossanitária segue sendo a podridão-parda, causada por Monilinia fructicola. A comercialização permanece ativa, com preços entre R$ 5,00 e R$ 10,00 por quilo, conforme variedade e qualidade, com destaque para as cultivares Rubimel e Chimarrita.