Dólar alto permitiu venda de mais soja brasileira
“O dólar a R$ 5,00 (alta de 5,92%) foi uma falácia, que durou pouco"
As tradings aproveitaram que conseguiram repassar a maior parte das 5,0 milhões que tinham comprado na semana passada e usaram o dólar alto para comprar mais 800 mil toneladas se Origem, principalmente para a safra 2021. Foi isso que informou a T&F Consultoria agroeconômica.
“O dólar a R$ 5,00 (alta de 5,92%) foi uma falácia, que durou pouco, por falta de compradores. Quem compraria dólar a este nível, esperando ganhar dinheiro com isto? Por isto ele logo recuou, fechando a R$ 4,7891, com alta de 1,45%. Mas, os agricultores brasileiros fazem muito bem em aproveitar estes momentos de alta, lembrando que eles podem passar”, comenta.
Com isso, pode-se dizer que essa crescente do dólar conseguiu manter a soja brasileira competitiva no mercado. “A nova alta da moeda americana manteve o produto brasileiro muito competitivo e os preços voltaram a subir 0,40% nos portos, para a média de R$ 93,23, contra R$ 92,86 do dia anterior e 0,81% no interior, para R$ 86,62, contra R$ 85,92/saca do dia anterior. Com isto o ganho acumulado nos portos passou para 3,75% no mês e no interior para 4,47%”, completa.
“No mercado físico do Rio Grande do Sul a soja acompanhou a alta do dólar e subiu 4 reais/saca para R$ 98,00 no porto e também $ 98,00 para 2021 posto no porto. No interior, os preços subiram também 4 reais/saca para R$ 93,50 em Cruz Alta, R$ 94,00 em Passo Fundo e R$ 93,50 em Ijuí, tendo sido negociados lotes expressivos. No entanto, há que se considerar dois fatos: a) o mercado gaúcho já tinha vendido um grande percentual do que esperava colher; b) com a forte seca, que já reduziu em 6,3 MT a produção do estado, os vendedores estão receosos em assumir novos compromissos, porque não sabem ao certo quanto volume irão ter na colheita”, conclui.