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Pressionada, soja brasileira cai

Trump diz que mercado agrícola na América do Sul é controlado pela desvalorização cambial


Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a segunda-feira (02.12) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação caindo 0,54%, para a média de R$89,57/saca, contra R$90,06/saca, do dia útil anterior. 

“A queda de 0,54% do dólar no Brasil, somada à queda de 0,71% em Chicago e à ausência da China pressionaram os preços no mercado físico brasileiro neste primeiro dia de dezembro. Assim, os preços oferecidos pelos compradores sobre rodas nos portos do sul do Brasil ou seus equivalentes em outros estados, começaram o mês de dezembro com nova queda”, explicam os analistas da T&F Consultoria Agroeconômica.

No interior o preço médio também teve queda de 0,52%, para R$84,44/saca, contra R$84,88 dia anterior. A China se manteve ausente do mercado FOB nesta segunda-feira, com compra de apenas um cargo no mercado intermediário. Embora a margem de esmagamento da indústria chinesa de soja esteja alta, cerca de US$ 25/t, a China esteve quieta hoje. Nenhum negócio FOB reportado, somente rumores de que houve a compra de um lote para Junho, no mercado de Paper, a 143N.

De acordo com a ARC Mercosul, o mercado internacional de commodities agrícolas segue sem grandes movimentações sob a intensa influência política, repelindo a especulação diante de riscos incontroláveis: “Na manhã de hoje, Trump anunciou a implementação de tarifas sobre aço e alumínio de origem brasileira e argentina. Segundo o presidente estadunidense, o mercado agrícola na América do Sul estaria sendo controlado pela desvalorização cambial das respectivas moedas domésticas, o que aumentaria o poder de competição do grão vendido para exportação do Brasil e Argentina”. 

Além do mais, Trump afirmou que o suposto “controle do mercado sul-americano” estaria ferindo fortemente o setor agrícola nos Estados Unidos. Entretanto, a ARC alerta que as afirmações “não condizem com a realidade do mercado brasileiro, que está sob ‘reascensão econômica’ e sofre com a necessidade de importações de produtos manufaturados com uma moeda desvalorizada”.

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