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Soja segue em baixa em Chicago

Aumento da produção argentina de soja reduz perspectiva de aumento das cotações de Chicago a longo prazo


O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na quinta-feira (20.12) baixa de 6,50 pontos no contrato de Janeiro/19, fechando em US$ 8,935 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com desvalorizações entre 6,50 e 6,75 pontos.

O mercado norte-americano da soja teve o segundo dia de perdas nos principais contratos futuros. A percepção do mercado é de que a retomada das compras chinesas não tem sido forte como se esperava e não deverá fazer uma diferença significativa nos estoques dos Estados Unidos. 

“Em nossa estada de três dias em Rosário, Argentina, conversamos com, pelo menos, dois analistas do mercado de grãos os quais concordaram conosco de que, na eventualidade de a safra argentina de soja voltar a ser de seu tamanho normal, ao redor de 57 milhões de toneladas, ela se constituirá em um forte aliado da China na sua disputa comercial com os EUA, porque será uma boa alternativa para a compra da oleaginosa. Como consequência, não se deve esperar uma elevação tão grande nas cotações da Bolsa de Chicago, como aconteceu no ano passado (a menos que sobrevenha alguma catástrofe climática)”, explica Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica. 

A Consultoria AgResource reporta que as vendas para exportações semanais da soja dos Estados Unidos acumularam um total de 2,8 MT, sendo o segundo maior volume semanal da história do país (quando excluído a virada de ano comercial e a rolagem de contratos em expiração de safra velha): “Sem dúvidas este se torna um volume expressivo em termos de contratos, entretanto o Mercado ainda descreve o interesse chinês em compras da oleaginosa norte-americana como: ‘frustrante’”.

“Desde a reunião do G20 em Buenos Aires, Trump e Jinping haviam afirmado verbalmente que iriam discutir termos de uma reconciliação comercial, entretanto, poucos passos sólidos foram registrados. O fator de maior atenção da especulação permanece nestas compras da soja-EUA, que estão sendo adicionadas exclusivamente por importadoras estatais chinesas, que em teoria não possuem a necessidade de pagamento da tarifa aduaneira de 25% sobre o grão estadunidense para o seu próprio Governo”, concluem os analistas da ARC.

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