Produtividade elevada impulsiona projeção do trigo argentino
Outras culturas também foram analisadas
Outras culturas também foram analisadas - Foto: Canva
A campanha agrícola da Argentina avança com ritmo positivo em diferentes culturas, sustentada por condições climáticas favoráveis e pelo bom andamento das operações no campo, ao mesmo tempo em que os resultados de colheita começam a redefinir estimativas produtivas. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, os dados mais recentes indicam avanços consistentes na soja, milho, girassol, sorgo e trigo, com destaque para rendimentos acima do esperado em algumas regiões.
A semeadura da soja alcançou 67,3% da área prevista no país, após avanço semanal de 8,7 pontos percentuais. No norte da área agrícola, os trabalhos já cobrem 11% da intenção, favorecidos pelas chuvas recentes. Do total implantado, mais de 92% apresenta condição hídrica adequada ou ótima, enquanto 93% está classificado entre normal e boa. A soja de primeira se aproxima do fim da implantação no centro e sul, com a maior parte das lavouras em diferenciação de nudos e parte já iniciando a floração. A soja de segunda soma 40,6% de avanço, com maior progresso no Núcleo Norte.
O milho destinado a grão também avança com firmeza na janela tardia, atingindo 69,5% da área nacional, impulsionado pelo bom ritmo no centro e sul bonaerense. A maioria das lavouras mantém condição boa a excelente, com umidade adequada favorecendo a emergência e o desenvolvimento inicial.
No girassol, as precipitações garantem condição hídrica adequada a ótima em mais de 80% da área, com desenvolvimento favorável e início da fase reprodutiva no centro e sul. No NEA, a colheita segue lenta, mas com rendimentos superiores a 22 sacas por hectare. O sorgo granífero chegou a 55,2% da área projetada, com avanços concentrados no centro do país e boas condições nas áreas já implantadas.
O principal destaque fica para o trigo. A colheita continua apresentando resultados recordes, com rendimentos acima das estimativas anteriores e dos máximos históricos regionais. Esse desempenho levou à revisão da projeção de produção nacional para 27,1 milhões de toneladas, com possibilidade de novos ajustes conforme o avanço da colheita no sudeste.