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IDR-Paraná discute BRS Capiaçu para pecuária regional

Realizado em Paranavaí, evento reuniu mais de 300 participantes

Foto: Foto: Divulgação IAPAR

O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) recebeu na última quinta-feira (23), mais de 300 produtores, técnicos, estudantes e lideranças para o IV Dia de Campo Integra Arenito, realizado no Polo de Pesquisa e Inovação de Paranavaí. Este ano, o evento discutiu o uso da do capim BRS Capiaçu, desenvolvido pela Embrapa, como estratégia nutricional para bovinos. A cultivar tem demonstrado boa adaptação aos solos arenosos do Noroeste.

A diretora de Pesquisa e Inovação do IDR-Paraná, Vania Moda Cirino, ressaltou o papel institucional do evento na difusão de tecnologias adaptadas às realidades regionais. “O Integra Arenito cumpre um papel crucial ao aproximar pesquisa e prática de campo, oferecendo ao produtor tecnologias sustentáveis para aumentar produtividade e rentabilidade na pecuária”, disse.

Simony Marta Bernardo Lugão, pesquisadora do IDR-Paraná, apresentou orientações sobre implantação e manejo da cultivar. “O BRS Capiaçu tem se mostrado muito produtivo, alcançando em torno de 130 toneladas por hectare ao ano, em dois cortes — dezembro e abril. No inverno, ainda pode render até 30 toneladas, dependendo das condições do clima e de manejo”, afirmou. Ela compartilhou a unidade temática com o extensionista Vinicius André de Pietro Guimaraes, que apresentou resultados obtidos nas unidades de referências de produtores de leite da região.

Para Lugão, a produtividade do BRS Capiaçu pode ser cinco a seis vezes maior em comparação a outras forrageiras usualmente adotadas na região — e seu uso é especialmente indicado para rebanhos leiteiros de média ou baixa produção. Recomendamos seu uso para vacas com produtividade entre 20 e 22 litros por dia. Para animais de alta produção, é necessário utilizar outras fontes energéticas”, ela orienta.

Vanderlei Bett, também pesquisador do IDR-Paraná, apresentou resultados de desempenho animal com a utilização de silagem. Para ele, o material se destaca principalmente como estratégia para o vazio forrageiro — período no qual o pasto não atende às necessidades do rebanho. “Com um bom planejamento forrageiro, o produtor pode alcançar resultados positivos tanto no leite quanto na manutenção e terminação de bovinos de corte”, explica.

Para o pesquisador, o material se destaca principalmente como estratégia para o vazio forrageiro — período no qual o pasto não atende às necessidades do rebanho. Com um bom planejamento forrageiro, o produtor pode alcançar resultados positivos tanto no leite quanto na manutenção e terminação de bovinos de corte”, explica.

Bett reforçou que o IDR-Paraná segue avaliando ganhos econômicos em confinamento e sistemas intensivos, considerando a redução de custos com alimentação comprada. A unidade contou ainda com o extensionista Cleiton Pagliari Sangali apresentou os resultados das unidades de referência que utilizaram a forrageira.

A discussão de processos de conservação de forrageiras por meio de ensilagem também integrou a programação do evento, tema abordado pelo extensionista Wesley Santana Passo, do IDR-Paraná, e por Edson Carlos Poppi, diretor técnico da Lallemand Animal Nutrition.

A segunda estação demonstrou os processos de conservação da forrageira por meio da ensilagem, tema apresentado pelo extensionista do IDR-Paraná Wesley Santana Passo e por Edson Carlos Poppi, diretor técnico da Lallemand Animal Nutrition.

Os participantes do encontro ainda conferiram os atributos da raça Purunã, desenvolvida pelo IDR-Paraná para maior eficiência na produção de carne, e, ao final da programação técnica, participaram de uma degustação de carnes da raça, e prestigiaram uma apresentação da Orquestra de Viola 3 Gerações, de Atalaia (PR).

 

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