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Nome do Evento
Encontro de Inovação “Agroinformática aplicada à Vitivinicultura
18 de out de 2011

Encontro de Inovação “Agroinformática aplicada à Vitivinicultura

Descrição do evento

Como setor produtivo, a agricultura não foge das pressões do mercado financeiro. Para manter a competitividade, ela precisa de aumentar a eficiência de sua produção. Nisso, a evolução da informática, das tecnologias em geoprocessamento, dos sistemas de posicionamento global e muitas outras inovações tem proporcionado à agricultura uma nova forma de enxergar a propriedade rural. É o que chamamos de agricultura de precisão (AP).
A partir desse cenário a Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária (RIT DA) em parceria com a Embrapa Uva e Vinho (CNPUV) e a Embrapa Informática Agropecuária (CNPTIA), realizará amanhã (18/10), o Encontro de Inovação “Agroinformática aplicada à Vitivinicultura, dentro do Congresso Brasileiro de Agroinformática, no Hotel Dall’Onder, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
Estruturado como uma espécie vitrine, o Encontro tem como objetivo levar a empresários e produtores do setor vitivinícola novas tecnologias. A iniciativa é, na verdade, um diálogo que enfatiza a relevância da participação do setor privado no estabelecimento de demandas e prioridades de pesquisa. A troca entre institutos de pesquisas e produtores visa não apenas uma troca de conhecimento, mas a consolidação de um esquete com os principais pontos de trabalho para solucionar os gargalos que permeiam vitivinicultura no Brasil.
Segundo o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Alberto Miele, a agricultura de precisão (AP) aplicada à viticultura está relacionada a duas vertentes: variabilidade espacial e variabilidade temporal. Miele explica que, diferentemente da noção de AP usada, por exemplo, no plantio da soja, no qual se busca maior produtividade, na viticultura, a principal meta é a qualidade na produção e, consequentemente, melhor qualidade do vinho.
O pesquisador ressalta que a introdução da AP altera a maneira como é trabalhada a propriedade. A partir dela, o velho hábito de considerar uma propriedade segundo o resultado de uma série de amostragens de uma determinada área, estabelecendo uma média, cai em desuso, pois a noção de variabilidade espacial considera as diferenças existentes no solo. Ou seja, a AP transforma a concepção de propriedade tradicional: ela deixa de ser uma somente, para ser considerada como várias propriedades dentro da mesma, porém com características específicas. É, de fato, uma filosofia de gerenciamento agrícola que parte de informações exatas, precisas, conjugando-se a decisões de maior assertividade
Segundo a equipe da RIT DA a programação do evento com duração de duas horas, apresentará seis tecnologias, além de uma palestra da Embrapa Uva e Vinho para apresentação das tecnologias desenvolvidas pelo centro e seu impacto para o setor. Por fim, o escopo de trabalho do Encontro terá como base cinco áreas de concentração, selecionadas a partir da análise da Chefia de Transferência de Tecnologia da Embrapa Uva e Vinho e outros parceiros como a Aprovale e o Ibravin.
 
Serviço
Encontro de Inovação “Agroinformática aplicada à Vitivinicultura
Data: 18 de outubro
Horário: das 18 às 20h30
Local: Hotel Dall’Onder
Informações: (31) 32353423 ou pelo email: [email protected]
Público-alvo: produtores rurais, agroindustriais, pesquisadores, interessados em geral
Link para inscrição: http://eivitinicultura.questionpro.com/
 

Programa detalhado:
18h. Palestra:Tecnologias geradas pela Embrapa Uva e Vinho: impacto para o setor e a importância das parcerias com o setor privado. Alexandre Hoffmann (Embrapa Uva e Vinho)
18h30. Palestra:Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária. Regina Sugayama (RITDA)
18h45. Apresentação de tecnologias para vitivinicultura
· Metodologia de georreferenciamento do cadastro vitícola. Flávio Belo Fialho (Embrapa Uva e Vinho). O Cadastro Vitícola do Estado do Rio Grande do Sul foi iniciado em 1995, com o objetivo de implementar um sistema de informação para o Setor Vitivinícola, com vários propósitos: conhecer a área plantada com vinhedos, por variedade, nos diferentes municípios; realizar estudos, com base nos dados coletados, de modo a indicar o nível de competitividade da viticultura do RS em relação àquela dos países do Mercosul; propor, a partir do conhecimento da realidade, políticas que habilitem a vitivinicultura do RS a ser competitiva; monitorar a situação da vitivinicultura como subsídio estratégico para o Setor; ter elementos que permitam orientar a viticultura para a melhoria qualitativa da matéria-prima; indicar variedades adequadas para reconversão ou ampliação de áreas de plantio, de acordo com a demanda do mercado; fornecer dados e informações básicas para o desenvolvimento de sistemas oficiais ou privados de controle da produção e comercialização de vinhos e derivados; e subsidiar estudos de zoneamento vitivinícola e desenvolvimento de indicações geográficas.O georreferenciamento consiste na determinação precisa da posição de um objeto na superfície terrestre. Uma maneira de georreferenciar um vinhedo é medir as coordenadas de um único ponto situado no seu interior, o que permitiria localizar o vinhedo e determinar a sua altitude aproximada e distância em relação aos demais vinhedos da região. Isso pode ser feito utilizando-se um GPS comum (de navegação), de baixa precisão e baixo custo. O método é simples e prático, podendo ser executado a campo com facilidade por técnicos devidamente treinados. Os resultados são precisos e têm grande potencial de aplicação no gerenciamento de propriedades agrícolas.
· Tecnologia: Agritempo: Sistema de Monitoramento Agrometeorológico Luciano Vieira Koenigkan (Embrapa Informática Agropecuária). O Agritempo é um sistema web que torna as informações agrometeorológicas mais acessíveis ao produtor agrícola. O sistema oferece acesso gratuito a dados e informações agrometeorológicas que podem ser usadas no gerenciamento da propriedade rural a fim de minimizar perdas associadas a eventos climáticos. Permite aos usuários o acesso, via Internet, às informações meteorológicas e agrometeorológicas de diversos municípios e estados brasileiros. Além de informar a situação climática atual, o sistema alimenta a Rede Nacional de Agrometeorologia (RNA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com informações básicas que orientam o zoneamento agrícola brasileiro. O sistema permite a atualização de cadastro de estações e dados climáticos diários (temperaturas máxima e mínima, e precipitação), criação de boletins agrometeorológicos e visualização de mapas que são gerados dinamicamente no momento da execução dos boletins.
· Sistema Web de Planejamento, Previsão e Monitoramento da Produção Agrícola. Luciano Vieira Koenigkan (Embrapa Informática Agropecuária). O Webagritec é um sistema computacional de acesso e utilização via Web que tem por finalidade auxiliar os profissionais ligados ao setor agropecuário na tomada de decisões. O sistema conta com 7 módulos (zoneamento, cultivar, adubação, monitoramento, previsão, diagnóstico e multimídia), que orientam o usuário na gestão de sua propriedade desde o planejamento do plantio até a colheita. Apresenta informações sobre as épocas mais favoráveis ao plantio, ou seja, com menores riscos climáticos associados; cultivares mais apropriadas; indicações de calagem e adubação para cada cultura a partir de análises do solo; previsões e tendências das condições climáticas para um período de 15 dias; e as doenças e distúrbios nutricionais que possam surgir no decorrer da safra. O sistema, com acesso pela internet, permitirá aos produtores rurais e profissionais de assistência técnica e extensão rural, fazerem o planejamento, a previsão e o monitoramento da produção agrícola das propriedades.
· Tecnologia: Sistema eletrônico para leitura e aquisição de dados de sensores descartáveis, aplicados à detecção de voláteis, desenvolvidos com filmes ultrafinos de poli-anilinas condutoras. Paulo Sergio de Paula Herrmann Jr. (Embrapa Instrumentação Agropecuária). A eletrônica desenvolvida para sistemas de narizes eletrônicos artificiais (sensores químicos e biossensores) podem reconhecer diferentes compostos químicos, mesmo em uma complexa mistura de vapores usando um rápido teste. Por exemplo, este pode ser utilizado para monitoramento do processo de amadurecimento de frutas que produzem diferentes compostos químicos voláteis. Narizes eletrônicos comerciais podem ser encontrados e uma atenção especial tem sido demonstrada no desenvolvimento de narizes eletrônicos baseados em polímeros condutores. Portanto, se visualiza na técnica de “line patterning” desenvolvida por MacDiarmid e colaboradores um forte potencial no desenvolvimento de sensores com sensibilidade, reprodutibilidade e baixo custo, visto que ututiilizam materiais que podem ser considerados descartáveis. A eletrônica desenvolvida para aquisição de dados, leitura e tratamento do sinal permitiram acoplar cinco sensores desenvolvidos por meio da técnica de formação de trilhas de grafite sobre papel vegetal, utilizando filmes ultrafinos de polianilina e tetranilina condutoras como camada ativa de sensores químicos de baixo custo e descartáveis. A resposta elétrica dos sensores aos voláteis orgânicos emitidos pela banana, durante seu amadurecimento, mostrou que o sistema tem grande potencial para estabelecimento de um método para indicação do parâmetro da fruta.
· Desenvolvimento de biossensores e sensores biomiméticos para determinação de compostos fenólicos Inês Rosane Welter Zwirtes de Oliveira (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). Os testes de recuperação aplicados nas amostras ambientais foram de 90 e 105%. O outro procedimento usando o sorvente Nb2O5-SiO2 foi desenvolvido para a determinação de chumbo em amostras ambientais. Os parâmetros do sistema em linha foram otimizados, e então a presença de íons concomitantes foi avaliada usando planejamento fatorial fracionário para verificar possíveis interferências na adsorção do Pb. Os parâmetros analíticos de mérito foram obtidos. O limite de detecção e a precisão (avaliados com desvio padrão relativo) foram de 0,4 μg L-1 e 1,6% (n = 7, 100 μg L-1 de Pb), respectivamente. Os testes de recuperação para as diferentes amostras ambientais levaram a recuperações entre 90 e 104%. Por fim, um simples e rápido procedimento para extração e pré-concentração de chumbo em amostras ambientais usando microextração com gota única (SDME) e detecção por AAS em forno de grafite foi proposto. O método é baseado na extração do complexo Pb(II)-o,o dietilditiofostato da solução aquosa pelo clorofórmio (solvente extrator). As condições experimentais foram otimizadas pelo método univariado. Usando as condições experimentais otimizadas, o limite de detecção foi de 0,3 g L-1. O método foi aplicado para a determinação de chumbo em cinco diferentes materiais de referência certificada e os valores encontrados foram concordantes com os valores certificados. para determinação deste flavonóide em fármacos. O melhor desempenho do biossensor foi observado usando solução tampão fosfato 0,1 mol L-1 (pH 7,0), peróxido de hidrogênio 2,0x10-3 mol L-1, amplitude de potencial de 30 mV e freqüência de 25 Hz. A curva analítica foi construída a partir do Ipc vs a concentração de rutina, obtendo-se uma relação linear no intervalo de 3,4x10-7a 1,2x10-6 mol L-1 (Ipc=30,7 + 4,9x107 [rutina]; r=0,9998) com limite de detecção de 3,0x10-8 mol L-1. O estudo de recuperação de rutina variou de 96 a 102 % e os teores obtidos para rutina em formulações farmacêuticas utilizando o biossensor proposto estão em concordância com os valores de rutina rotulados e os valores obtidos pelo método oficial, a um nível de confiança de 95%. Além disso, apresentou alta sensibililidade, boa reprodutibilidade (r.s.d 2,5 %) e repetibilidade (r.s.d 0,9 %). Os resultados indicam boa eficiência do biossensor (III) para determinação de hidroquinona e rutina. Entretanto, os resultados diferem em relação à faixa de linearidade e consequentemente em relação ao limite de detecção para cada substrato. O sensor biomimético contendo complexo binuclear de CuII, modelo polifenol oxidase foi empregado com sucesso na determinação de hidroquinona em cosméticos. Esse sensor apresentou boa reprodutibilidade (r.s.d 2,8 %), boa repetibilidade (r.s.d 1 %) e resposta linear para hidroquinona de 6,0x10-5 a 2,5 x10-3 mol L-1 com limite de detecção de 3,0x10-6 mol L-1. O sensor biomimético desenvolvido a partir do complexo FeIIFeIII modelo proposto da fosfatase ácida púrpura apresentou resposta para os compostos fenólicos: hidroquinona, catecol, dopamina, metildopa, carbidopa, L-dopa em presença de peróxido de hidrogênio. As condições experimentais para o sensor biomimético foram avaliadas utilizando-se dopamina e sua determinação em fármacos. Foi obtido uma linearidade de 5,0x10-5 a 6,5x10-3 mol L-1 e limite de detecção de 1,0x10-6 mol L-1, apresentando bons resultados em relação à reprodutibilidade (r.s.d £ 6,1 %) e repetibilidade (r.s.d £ 2,6 %).
19h30. Encontros de Inovação -rodadas de negociação entre os pesquisadores e representantes do setor privado interessados nas tecnologias apresentadas

Informações gerais

18/10/2011
Indefinido
RS - Bento Gonçalves

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