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Como fica a soja se o Dólar cair?

Especialistas de câmbio concordam que, durante o ano de 2021, Dólar terá uma trajetória de baixa


Foto: Pixabay

Como poderão ser os preços da soja com diferentes níveis de Dólar no primeiro semestre de 2021? A resposta da Consultoria TF Agroeconômica é que já há alguns “fatos concretos até o momento” que indicam que a tendência é de que o Real se firme ao longo de 2021, e que a moeda norte-americana tenha seu valor reduzido em relação à brasileira.

“Uma das grandes discussões entre os especialistas de câmbio, consultados semanalmente pelo Banco Central no seu Relatório Focus, é sobre se o dólar vai chegar a R$ 5,00 ou abaixo dele, alguns falando em R$ 4,80. Isto significa que todos concordam que, durante o ano de 2021, ele terá uma trajetória de baixa, impulsionado pelos bons fundamentos que todos tem de uma perspectiva otimista para a economia brasileira neste período”, explicam os analistas.

Este otimismo, explicam eles, está intimamente ligado à alta das commodities, que deverá continuar firme no próximo ano, com a retomada da economia mundial: “O Barclays projeta que o dólar terminará 2020 em R$ 5,35 e fique em R$ 5,15 ao fim do primeiro trimestre de 2021, indo a R$ 5,05, R$ 5,15 e R$ 5,25 no fechamento dos demais trimestres, respectivamente. O CIBC vê inclusive a moeda norte-americana indo à faixa entre R$ 4,50 e R$ 4,80 com aprovação da reforma administrativa e com aceleração da agenda de privatizações em 2021, em meio a um suporte por parte do Banco Central”. 

E o que poderia compensar esta queda do dólar? Segundo a TF, a elevação dos preços de Chicago: “Há alguns analistas que acreditam que US$ 12,00/bushel poderá ser um teto para as cotações, outros acreditam que poderá ser um nível de suporte (o nível mais baixo), porque poderá flutuar entre US$ 12,00 e US$ 15,00/bushel”. 

“É verdade que, de um lado, a demanda por soja e seus subprodutos é muito grande, com a China devendo atingir 100 milhões de toneladas de importação na atual temporada e a retomada da economia mundial manterá elevadas as cotações das commodities e, de outro, a seca que atinge o Brasil e a Argentina não deverão permitir a expansão inicialmente projetada da produção, assim como a produção americana também não será como a inicialmente prevista”, afirma a equipe de analistas.

A TF Agroeconômica ressalta que é a cotação do Dólar, portanto, que realmente poderá fazer a diferença. “Mais de 50% da safra 2020/21 já foi negociada a dólar entre R$ 5,35 e R$ 5,85, compensando níveis menores de Chicago. Sobre o que resta negociar, nossa recomendação é que se aproveite o dólar antes de cair”, concluem os especialistas.

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