Intermediários para fertilizantes puxam importação
País comprou US$ 1,9 bilhão no acumulado do ano
Os intermediários para fertilizantes seguem sendo o principal grupo da pauta de importação brasileira de produtos químicos. O País comprou US$ 1,9 bilhão acumulados entre janeiro a abril de 2017, o que representa um expressivo aumento de 28,7% na comparação com os mesmos meses iniciais do ano passado.
De acordo com a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), o déficit da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 6,4 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano. Isso equivale a um avanço de 0,5% em relação ao mesmo período de 2016, puxado pelo expressivo aumento dos volumes movimentados.
De janeiro a abril de 2017, o Brasil importou US$ 10,7 bilhões e exportou US$ 4,3 bilhões em produtos químicos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as importações cresceram 5,4% e as exportações 13,5%. No acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2016 a abril de 2017), o déficit é de US$ 22,0 bilhões, mesmo valor observado para o ano de 2016.
“O avanço modesto do déficit em produtos químicos no acumulado do ano é um fenômeno artificial que se deve fundamentalmente aos baixos preços praticados no mercado internacional para os principais grupos de produtos químicos. Preocupantemente, as quantidades importadas continuam crescentes e, no contexto dos sinais de recuperação da atividade econômica nacional e de preços agressivos no cenário global, se torna premente garantir a intensificação do combate contra práticas comerciais desleais e predatórias, que têm causado graves danos à indústria brasileira e impedido que o produto nacional consiga competir em condições justas e leais com os importados no mercado interno”, avalia Denise Naranjo, diretora de assuntos de comércio exterior da Abiquim.
