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Preços dos fertilizantes depende da China

A produção chinesa ainda gera dúvida e pode dar suporte às cotações


De acordo com a Consultoria INTL FCStone, o momento é de incertezas sobre os preços dos fertilizantes no mercado internacional. Por um lado há uma demanda reduzida no mercado internacional, por outro, a produção chinesa ainda gera dúvida e pode dar suporte às cotações, aponta o relatório especial “Perspectivas para Commodities”.

“O 4º trimestre contará com produto de duas novas unidades produtoras: na Arábia Saudita, a planta de Wa’ad Al Shamal, joint venture da Ma’aden, Sabic e Mosaic, está operacional e exportando cargas desde agosto e deverá incrementar sua produção durante os próximos meses”, avalia o analista de Mercado da INTL FCStone, Fábio Rezende. Ele aponta ainda a inauguração da quarta expansão do centro de fosfatados de Jorf Lasfar, da OCP no Marrocos.

Há dúvidas em relação à produção chinesa, uma vez que o país vem implementando uma política de retração da atividade industrial em função de temas ambientais. Entretanto, o analista INTL FCStone afirma que “para os nitrogenados não se deve esperar um retorno aos valores praticados no início do trimestre passado”.

A Consultoria aponta que o mercado europeu se encontra bem suprido, e suas compras externas devem somar volumes dentro ou abaixo do normal. Um quadro semelhante é projetado para os Estados Unidos, que recentemente ampliou significativamente sua capacidade produtiva doméstica de nitrogenados e acena com uma possível redução da área plantada.

Dois dos maiores importadores de fertilizantes devem exercer papeis importantes neste cenário: a Índia realiza mais concorrências para importação de ureia nos próximos três meses. O Brasil deve suportar o mercado com compras visando a safrinha de milho no final do trimestre.

“Contudo, o principal fator, novamente, é a baixa oferta chinesa, onde um consórcio de produtores tem regulado a quantidade disponibilizada para exportação, frente aos baixos preços e expectativas de boa demanda doméstica”, explica Rezende no relatório da INTL FCStone.

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