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Preços dos fertilizantes se estabilizaram

Atualmente a maioria dos produtores está preferindo aguardar para evitar perdas em compras antecipadas


As vendas dos fertilizantes no Brasil estão represadas. Na época atual deveria ser muito maior o volume de vendas. As estimativas de consumo no país continuam sendo de 23 a 23,5 milhões de toneladas. O histórico no Brasil sempre foi de maior volume de vendas no segundo semestre, com volume expressivo no mês de julho e agosto, fato que não está acontecendo neste ano.
 
Existem varias versões para essa situação. A principal é a insegurança nos preços. Nos últimos dois anos, os preços oscilaram demais em épocas não normais e pegaram muitos consumidores no contrapé. Quem comprou cedo pagou caro e depois caíram no mercado. Atualmente a maioria está preferindo aguardar para evitar perdas em compras antecipadas.

Os analistas acreditam que esse comportamento também pode prejudicar quem está esperando. Haverá concentração de compras em cima da hora e aí os preços podem subir, pois as fábricas não terão fluxo suficiente para produzir e entregar, o congestionamento nos portos pode atrasar o desembarque e o transporte rodoviário subir devido à demanda.
 
Essa é a leitura atual dos operadores de mercado. No mercado internacional de matérias primas, os preços estão praticamente nivelados. As variações são mínimas, especialmente nos nitrogenados. Os fosfatados estão com preços estabilizados neste ano.
 
Os analistas ainda lembram que as importações correm risco de suprimento. O país precisa importar anualmente de 13 a 14 milhões de matérias primas para fertilizantes. Até junho foram importadas 5,6 milhões, ou seja, apenas 39% das necessidades. O atraso das negociações por falta de fluir o mercado interno poderá inviabilizar a chegada de novos produtos até a época de plantio da safra de verão. É uma preocupação a mais, que poderá ocasionar elevação nos preços.
 
Jose Francisco da Cunha, analista do setor conclui que não existe fatores baixistas para os preços dos fertilizantes, e os riscos são de pressões altistas. Maior concentração de demanda; custos logísticos e até mesmo o risco de descompasso na disponibilidade de algumas matérias primas, recomendam que não se deva esperar para adquirir fertilizantes, pois, caso contrário, o consumidor poderá pagar mais caro.

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