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Relação de troca entre fertilizantes e soja volta a melhorar

Oportunidade merece especial atenção do produtor diante do aumento dos riscos do ambiente de negócios


Foto: Marcel Oliveira

Com a retomada da circulação de pessoas e da atividade industrial chinesa nas últimas semanas o preço dos fosfatados voltou a perder fôlego no mercado internacional. Soma-se a isso as incertezas no curto prazo em relação ao crescimento da demanda do hemisfério norte diante da pandemia do covid-19, que pode afetar negativamente as intenções de plantio.

Essa queda no preço do fertilizante combinado com a recente recuperação dos preços futuros da soja na CBOT ainda possibilita a fixação da relação de troca em níveis bastante atrativos para a safra 20/21
no Brasil.

Tal oportunidade merece especial atenção do produtor diante do aumento dos riscos do ambiente de negócios. E o primeiro deles diz respeito ao próprio preço dos fertilizantes.

Por mais que o cenário base aponte para um arrefecimento adicional das cotações internacionais na esteira na redução do petróleo e da possibilidade de um crescimento menor que o esperado do consumo, possíveis rupturas logísticas mais duradouras devido às medidas de contenção do coronavírus podem afetar o volume disponível de insumos para o plantio da próxima safra.

Isso implicaria, provavelmente, em um aumento de preços dos produtos o Brasil e também do risco de não recebê-los na janela ideal. O argumento é igualmente válido para as outras categorias de insumos.
Do lado da soja, não se pode descartar a possibilidade de um enfraquecimento da demanda global, mesmo que ligeira, diante do ambiente recessivo que estamos entrando. Isso combinado com um cenário de normalidade de produção nos EUA e na América do Sul na próxima safra pode impactar as cotações.

Nesse sentido, é importante estar atento às possibilidades de antecipação das aquisições do insumo de maneira a garantir as boas relações de troca.

É válido destacar que compra do insumo deve ocorrer concomitantemente à venda futura da commodity para evitar riscos de preços e de descasamento de moedas (fixação da commodity deve ser feita na mesma moeda do insumo). É preciso ter atenção também à qualidade do vendedor para minimizar os
riscos de entrega futura.

Consultoria Agro Itaú

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