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Aumento no rebanho e organização do setor são fundamentais para desenvolver a ovinocultura

Presidente da Arco fez a afirmação durante live que lançou a sua aba de comercialização de ovinos


Foto: Divulgação

A plataforma de negócios na pecuária Negócio Fechado realizou na noite desta segunda-feira, 6 de dezembro, live especial para o lançamento da aba de comercialização ovinos do aplicativo, com o tema “Atualidades e Desafios da Ovinocultura Gaúcha”. Foi palestrante o  presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Edemundo Gressler, que em sua fala inicial destacou a importância desta plataforma como uma grande ferramenta para o desenvolvimento da ovinocultura.

Gressler salientou que a partir de 2020 ficou em evidência a necessidade de fazer um melhor acompanhamento do rebanho. “Nós estamos bem em matéria de genética, mas precisamos ser mais eficientes e profissionais na organização do setor”, afirmou, colocando que é preciso aumentar o rebanho. O Rio Grande do Sul possui atualmente, conforme o dirigente, em torno de 3 milhões de ovinos. “Ainda temos uma camada muito pequena de ovinocultores que não efetuaram a declaração de existência de seu rebanho. Nós temos que saber quantos somos para possamos implantar políticas de desenvolvimento”, observou.

Em relação à carne ovina, o presidente da Arco afirmou que é o carro chefe do setor no país, com uma procura por cordeiros muito grande. Bahia e Pernambuco são os estados brasileiros com o maior rebanho de ovinos. Segundo Gressler, uma das preocupações no Nordeste é com o número de frigoríficos e para tentar resolver este gargalo foi criada uma modalidade de consórcios intermunicipais que reúnem vários municípios em torno de um que possui planta de abate. “Os municípios interligados dividem as despesas com veterinário e esta inspeção sanitária permite que a carne ovina seja vendida entre todos. O objetivo é qualificar e permitir o crescimento da carne ovina”, relatou lembrando que aqui no Estado existem frigoríficos organizados, mas ainda é preciso aumentar o  rebanho.
 
Gressler também enfatizou a questão da exportação de genética, em especial para países sul-americanos como Bolívia, Colômbia, Venezuela, Equador e Chile, que têm uma demanda muito grande por raças ovinas brasileiras. Destacou que a raça que mais entrou nesses mercados foi a Santa Inês, que é uma ovelha deslanada e tem a sua origem no Nordeste, mas hoje está adaptada em todo o país. “Outras raças  ovinas também têm um celeiro genético muito grande no Brasil”, explicou.

O mercado de lã também foi abordado por Gressler. Disse que hoje o Rio Grande do Sul produz aproximadamente 8 milhões de quilos e a indústria absorve em torno de 2 milhões, “o que deixa uma oferta para exportação de mais de 5 milhões de quilos de lã”. Gressler informou que a Arco está implantando um programa de certificação da lã gaúcha com base no que já é feito no Uruguai. “Estamos resgatando, capacitando e melhorando as condições dos nossos esquiladores que serão os certificadores dessas lãs nas propriedades, e as indústrias uruguaias têm interesse no nosso produto”, pontuou.

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