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Aurora se pronuncia sobre Covid em frango

Ministério da Agricultura diz que está em busca de mais informações sobre o caso


Foto: Pixabay

O Brasil acordou com a notícia de que cortes de frango contaminados com o vírus da Covid-19 foram encontrados em Shenzhen, na China. A proteína teria procedência de Santa Catarina.

A suposta contaminação preocupa porque pode afetar as exportações brasileiras para a China, seu principal parceiro comercial. O lote contaminado foi beneficiado em uma unidade da Aurora Alimentos, em Santa Catarina. Trata-se da terceira maior cooperativa de processamento de carne e suínos do Brasil. A empresa se pronunciou por meio de nota.

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A unidade assegurou que segue todas as normas exigidas por autoridades de saúde em relação ao coronavírus, atestadas por diversas fiscalizações. Salienta também, que o seu processo produtivo, desde o campo até a indústria, atende e cumpre com todas as normas legais vigentes e exigências sanitárias, o que se traduz numa reconhecida segurança alimentar e na garantia da qualidade de seus produtos. Veja um trecho da nota na íntegra:

"A Cooperativa comunicante esclarece que trata-se, por ora, apenas de fato originário de notícia veiculada em imprensa local regional daquele país asiático, sem qualquer confirmação oficial por parte da autoridade pública nacional da China. Até o presente momento, conforme nota oficial divulgada pelo MAPA, não houve qualquer notificação oficial por parte das autoridades chinesas.

Diante de tal insubsistência quanto ao ocorrido, a cooperativa signatária aguardará a devida manifestação por parte da autoridade pública competente, junto a qual esclarecerá os fatos e prestará as devidas informações a quem de direito", disse a nota.

Mapa quer mais informações

Em nota o Ministério da Agricultura informou que ainda não foi notificado oficialmente mas que já busca junto a autoridade sanitária do município chinês mais informações sobre a suposta detecção de ácido nucleico do coronavírus em asas de frango. Segundo a nota, outras amostras do mesmo lote foram coletadas, analisadas e os resultados foram negativos.

O Mapa ainda reafirmou que os produtos produzidos nos estabelecimentos com o Selo de Inspeção Federal (SIF) obedecem a rígidos protocolos de saúde pública. “O MAPA ressalta que, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há comprovação científica de transmissão do vírus da COVID-19 a partir de alimentos ou embalagens de alimentos congelados”.

Em nota conjunta a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul ressaltaram que ainda não está claro em que momento houve a eventual contaminação da embalagem, e se ocorreu durante o processo de transporte de exportação que durou cerca de 40 dias. 

Em julho a China suspendeu importações de seis frigoríficos brasileiros por preocupação com coronavírus depois de vários casos de trabalhadores contaminados. O alerta de Shenzhen, acendeu o temor de que embarques de alimentos contaminados possam causar novos surtos de Covid.

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