Coronavírus impacta consumo de carne chinês
“Se a doença não for controlada até maio/junho, a demanda continuará fraca durante a primeira metade de 2020”
O consumo de carnes da China está sendo impactado pelo novo coronavírus e deve apresentar queda ainda no primeiro trimestre, segundo um relatório realizado pelo Rabobank. De acordo com o portal especializado CarneTec Brasil, a demanda doméstica por carnes no país caiu em janeiro e no início de fevereiro, mas poderá se recuperar a partir do segundo trimestre caso a propagação do vírus seja controlada.
“Se a doença não for controlada até maio/junho, a demanda continuará fraca durante a primeira metade de 2020”, escreveram analistas do Rabobank. “O impacto do coronavírus é diferente para cada tipo de proteína. As mais afetadas são a carne bovina, de cordeiro e frutos do mar, cujo consumo está fortemente associado ao segmento de food service na China num momento em que os restaurantes, em sua maioria, permanecem fechados no país”, completa a CarneTec.
Além disso, o Rabobank indicou também que a demanda por carne suína e de aves deve sofrer menor impacto, apesar de também registrarem redução no consumo via segmento de food service. “O banco espera aumento de preços de proteínas animais na China no segundo e no terceiro trimestres, impactados pela redução na oferta de carnes frescas no país”, indica.
“A produção doméstica de carnes chinesas tende a cair diante dos desafios relacionados ao transporte de produtos e insumos. O Rabobank espera uma escassez na oferta de carne de frango local na China no segundo e terceiro trimestres, assim como alta nos preços do produto. A produção local de carne suína deve cair em mais de 20% neste ano, também com expectativa de forte aumento de preços ao longo do ano”, completou o portal especializado.