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Frete fica 25% mais caro em Mato Grosso

Com o volume significativo de chuvas surgiram gargalos logísticos


Foto: Arquivo Agrolink

Com a safra a todo vapor os agricultores e exportadores de Mato Grosso viram o preço do frete aumentar 25% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Segundo o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta segunda-feira (29), há diferenças nos valores praticados dependendo o destino. Para o Porto de Santos (SP), principal porto do país, os fretes tiveram 11% de elevação. Já para Paranaguá (PR) ou ainda pelo Arco Norte, as cotações ficam 19% e 20% mais elevadas. 

Já a diferença entre os preços praticados entre os dois primeiros meses deste ano é ainda mais expressiva. Neste caso, a maior variação é encontrada nos produtos que saem de Sorriso e seguem para Miritituba, no Pará. Se em janeiro o preço pago por tonelada removida era de R$ 160, em fevereiro passou para R$ 230, uma elevação de 44%.

De acordo com a análise da Conab, essa situação é resultado da junção de diversos fatores, como a intensificação da colheita da soja, o aumento de preços do combustível, e ainda alguns congestionamentos em rotas importantes.

“Com o volume significativo de chuvas registrado em Mato Grosso, surgiram gargalos logísticos em alguns corredores. Nestes locais, com um fluxo muito elevado de caminhões, há relatos de problemas de descarga, com filas em pontos de transbordo como decorrência também da concentração do grande volume a ser escoado em um curto espaço de tempo”, explica o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth. 

Veja na tabela da Conab:

“Essas filas e a morosidade na descarga em terminais exercem efeito de enxugamento da oferta de transporte, à medida que caminhões ficam parados, portanto, indisponíveis para realização de novas viagens, o que inflaciona os preços”, acrescenta.

O investimento na ampliação das ferrovias é uma forma de buscar um menor custo para o escoamento da produção agrícola. Quando comparado com outros países de grandes extensões territoriais, o Brasil apresenta baixa densidade da malha ferroviária, com 3,4 km de trilhos por mil quilômetros quadrados. Com este índice, o estado brasileiro se coloca abaixo de países com área menor, mas com ocupação ainda mais significativa do que outros como Índia, África do Sul, Argentina, México e Austrália.
 

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