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Levantamento confirma safra de grãos menor

Milho puxou números para baixo com produção total 16,4% menor


Foto: Divulgação

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgou nesta quinta-feira (9) o 12º Levantamento da Safra de Grãos 2020/2. Os números confirmam uma produção menor do que na safra passada.  O volume está estimado em 252,3 milhões de toneladas, uma redução de 1,8% e 4,7 milhões de toneladas inferior à previsão do levantamento realizado em agosto deste ano. 

Segundo a Conab as áreas das culturas de primeira safra estão totalmente colhidas, as de segunda safra em fase final de colheita, as de terceira safra desde a fase de florescimento até o final da colheita, e as de inverno no início da colheita, que será intensificada a partir de setembro.

A queda da produção foi encabeçada pelo milho que sofreu, inicialmente com a janela de plantio apertada ou fora do ideal em função de atrasos na colheita da soja, e depois com o clima seco e pragas como a cigarrinha do milho, especialmente no Paraná e Mato Grosso do Sul. Com isso a produção total é de 85,75 milhões de toneladas, volume 16,4% menor que em 2019/20, quando fechou em 102,5 milhões de toneladas. 

A primeira safra está com a colheita finalizada e a segunda safra com 86,9% concluída até o final de agosto. Para a terceira safra, situada na região do Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), além dos cultivos em Pernambuco e Roraima, as fases das lavouras variam desde a fase vegetativa até as operações de colheita.

A produção de soja foi a que equilibrou mais os números totais da safra, com uma produção recorde estimada em 135,9 milhões de toneladas, aumento de 8,9% em relação à safra 2019/20. O levantamento feito pela Companhia mostra que a colheita está praticamente finalizada, restando a produção de Roraima e Alagoas, que representam pouco mais de 0,1% do volume nacional.

Em relação ao feijão, cultura também bastante atingida pelas intempéries climáticas, as atenções estão voltadas para a cultura de terceira safra, que se encontram em fase final de colheita. A produção total é estimada em 2,86 milhões de toneladas, 11,4% menor que a obtida na safra 2019/20, impactada pela seca nas principais regiões produtoras. Dessa produção, 1,7 milhão de toneladas são de feijão-comum cores, 483,7 mil toneladas de feijão-comum preto e 625,2 mil toneladas de feijão-caupi. 

Outra cultura com número positivo é o arroz, que nesta safra tem produção estimada em 11,75 milhões de toneladas, 5% superior ao volume produzido na temporada anterior. Desse total, 10,8 milhões de toneladas são cultivadas com irrigado e 921 mil toneladas em áreas de plantio de sequeiro. A colheita da safra 2020/21 já foi concluída no país, e alguns estados produtores iniciaram o plantio da safra 2021/22.

O algodão teve redução nesta safra, com a produção estimada em 2,36 milhões de toneladas de pluma, 21,5% inferior à safra passada. Mas a queda esteve mais relacionada à diminuição da área plantada do que com as condições climáticas, que de modo geral até favoreceram o bom desenvolvimento dessas lavouras. 

Já para as culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale), projeta-se um incremento de 13,1% na área plantada. Destaque para o trigo, que apresenta um expressivo crescimento na área de 14,9%, situando-se em 2,69 milhões de hectares. A estimativa atual é de uma produção de 8,15 milhões de toneladas, a depender das condições climáticas até outubro.

Este é o último levantamento para esta safra. A partir de outubro, a estatal reinicia o ciclo e passa a contabilizar os números da próxima colheita no país.
 

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