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Milho e açúcar puxam exportações de novembro

O agronegócio teve 45,3% de participação nas exportações totais brasileiras


Foto: Eliza Maliszewski

A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura divulgou os dados das exportações brasileiras em novembro. O mês foi puxado pelo complexo sucroalcooleiro (açúcar e álcool), milho, café verde e produtos florestais (celulose e madeiras), que tiveram crescimento acentuado. 

O milho liderou com alta de 27,6% e mandou ao exterior um total de 4,9 mil toneladas, somando US$ 878,36 milhões. Este é um recorde para o grão nos meses de novembro. 

Em segundo lugar veio o açúcar de cana bruto. A alta foi de 62,9%, com 3 mil toneladas e US$ 765,39 milhões em valores. O valor exportado de açúcar subiu para US$ 900,93 milhões. O país que mais importou açúcar foi a China, com a compra de US$ 131,45 milhões de açúcar brasileiro, uma alta exponencial de 721,6%.

Na terceira posição vem a carne bovina in natura que mesmo caindo -1,9% somou US$ 738,52 milhões. O café verde aumentou em 41,9% e somou US$ 577,68 milhões. O café total teve expansão de 37,7% das vendas externas, equivalente a alta de US$ 170,61 milhões em valores absolutos. Na quinta colocação aparece o farelo de soja, com alta de 32% e US$ 553,13 milhões.

O ranking é completado pela celulose (US$ 551,11 milhões; +19%); soja em grãos (US$ 541,80 milhões; -70%); algodão não cardado nem penteado (US$ 500,10 milhões; +21,3%); carne de frango in natura (US$ 448,59 milhões; -12,1%); carne suína in natura (US$ 188,54 milhões; +36,2%).

O principal produto de exportação, em novembro, do complexo florestal foi a celulose, com um volume recorde de 1,48 milhão de toneladas. Embora o volume sido significativo, a queda dos preços internacionais impediu um aumento maior do valor exportado. Ainda no setor, as exportações de madeiras e suas obras somaram US$ 356,96 milhões (+22,1%) e as de papel foram de US$ 143,49 milhões (-2%).

Complexo Soja

As vendas externas do complexo soja (grão, farelo e óleo) recuaram 50,6%, passando de US$ 2,24 bilhões em novembro de 2019 para US$ 1,11 bilhão em novembro de 2020. De acordo com a SCRI, o principal fator da queda está relacionado à antecipação das exportações nos primeiros meses do ano.

O volume exportado de janeiro a novembro e os baixos estoques da soja em grão no Brasil fizeram com que a quantidade passasse de quase 5 milhões de toneladas, em novembro de 2019, para 1,47 milhão de toneladas em novembro de 2020, queda de 70,3%. O valor exportado de soja em grão caiu de US$ 1,81 bilhão em novembro de 2019 para US$ 541,80 milhões em novembro de 2020 (-70%).

As exportações de farelo de soja subiram de US$ 418,93 milhões, em novembro de 2019, para US$ 553,13 milhões, em novembro de 2020 (32%). A quantidade exportada do produto foi recorde: 1,41 milhão de toneladas. As vendas externas de óleo de soja recuaram 23,3%, atingindo US$ 13,57 milhões.

No acumulado, de janeiro a novembro, os embarques da soja em grão representou US$ 28,48 bilhões (14,5%), alcançando o recorde de 82,75 milhões de toneladas (16,9%). A China foi o destino de 73,4% das exportações brasileiras de soja em grão em 2020, com US$ 20,90 bilhões.

Balança comercial 

As exportações do agronegócio resultaram em US$ 7,94 bilhões em novembro deste ano, queda de 1,5% em relação a novembro do ano passado (US$ 8,06 bilhões). O valor exportado foi impactado pela queda de 2,3% no índice de preços dos produtos de exportação. Por outro lado, houve elevação de 0,9% no índice de quantum das exportações, abrandando a diminuição dos preços médios de exportação.

O agronegócio teve 45,3% de participação nas exportações totais brasileiras (US$ 17,53 bilhões). As importações de produtos do agronegócio subiram 22,1% na comparação entre novembro de 2019 e novembro de 2020, passando de US$ 1,08 bilhão para US$ 1,31 bilhão.
 

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