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Perspectiva 2019: RS se tornará zona livre da febre aftosa

Estado se preparada para dar um passo importante no processo de retirada da vacinação contra a doença


O Rio Grande do Sul se prepara para dar, em 2019, um passo importante no processo de retirada da vacinação contra febre aftosa. Uma auditoria do Ministério da Agricultura (Mapa) no serviço oficial do Estado está prevista para ocorrer no primeiro trimestre de 2019. Os técnicos do Mapa irão vistoriar questões relacionadas aos controles sanitários, como a fiscalização da vacinação, contagem do gado, controle de tráfego e gestão de risco. Também poderão visitar unidades agropecuárias e propriedades rurais para checar as informações obtidas.
 
A medida integra o Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa, lançado pelo Mapa em 2016, que pretende ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação até 2023. Hoje, apenas o estado de Santa Catarina possui esse status. O Paraná também se encaminha para deixar de imunizar o rebanho. Inicialmente, o plano previa que o Rio Grande do Sul retirasse a vacinação somente em 2021, porém o Estado manifestou o interesse em adiantar o processo − assim como já fizeram os paranaenses, onde a auditoria do Mapa já ocorreu. 

Associações de produtores, não apenas do Rio Grande do Sul, mas também de países do Mercosul, já manifestaram-se favoráveis à manutenção da vacina. No Rio Grande do Sul, as últimas ocorrências de febre aftosa foram registradas em 2000 e 2001. Na época, dezenas de focos foram diagnosticados em Joia e Rio Grande, entre outros municípios gaúchos. Regiões fronteiriças da Argentina e Uruguai também apresentaram registros de casos. Receosos, dirigentes de entidades do setor pecuário pedem que o governo aumente os investimentos em vigilância sanitária, especialmente nas regiões de fronteira. 

A retirada da vacina é vista como uma forma de alavancar as exportações, especialmente de carne suína, espécie suscetível mas não portadora da doença. Países com controle sanitário rigoroso, como Japão e Coreia do Sul, somente adquirem produtos de regiões consideradas livres de aftosa sem vacinação. Eles acreditam que o fato de um país não vacinar o seu rebanho representa um fator de credibilidade no sistema sanitário, a ponto de dispensar a imunização.

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