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Ricardo Salles refuta narrativa de Brasil “pária ambiental”

"PT reduziu volume do orçamento de cerca de R$ 14 bilhões para R$ 4 bilhões” para Meio Ambiente, disse ele


Foto: Arquivo

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, rebateu a narrativa de ativistas e partidos oposicionistas, segundo os quais o Brasil se tornou um “pária ambiental” no governo Bolsonaro. Participando de audiência na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, 3 de Maio, o ministro afirmou que o País tem recebido elogios internacionais por ter anunciado que o Brasil vai eliminar o desmatamento ilegal até 2030 e atingir a neutralidade climática em 2050.

De acordo com o ministro, a imagem de “pária ambiental” se deve ao que chamou de “detratores públicos”, “ambientalistas de palanque” e “pseudoacadêmicos” que “denigrem” o país no exterior. Salles acusou os governos do PT pelo atual estágio de desmatamento na Amazônia e de queda no orçamento do Ministério do Meio Ambiente.

“Nem de longe a maior queda orçamentária se deu nesses anos do governo Bolsonaro. Nos anos de 2013 a 2015, quando o PT estava na presidência da República, a redução no volume do orçamento foi de cerca de R$ 14 bilhões para R$ 4 bilhões”, disse Salles.

Ele afirmou que tem feito reuniões periódicas com o principal negociador norte-americano para assuntos climáticos, o ex-secretário de Estado John Kerry. “O governo brasileiro estabeleceu uma boa relação com o governo do presidente Biden, com discussões semanais com conteúdo e técnica, construindo uma possibilidade de acordo não só para o combate ao desmatamento ilegal, mas também para as questões climáticas do planeta”, disse na audiência.

Após a recente cúpula climática promovida pelos Estados Unidos, segundo ele, o Brasil espera cerca de US$ 1 bilhão do pacote de US$ 20 bilhões que o presidente Joe Biden anunciou para ajuda internacional em temas climáticos. Ricardo Salles apontou que existe, por outro lado, atrasos na regulamentação de instrumentos internacionais de financiamento, como o mercado de carbono, no qual o País já teria acumulado crédito de US$ 133 bilhões.

O ministro afirmou que o atual estágio do desmatamento na Amazônia é reflexo da falta de regularização fundiária, zoneamento econômico-ecológico e bioeconomia para viabilizar o sustento de 23 milhões de habitantes locais. “Temos experimentado o aumento do desmatamento há nove anos. Os partidos de esquerda viajaram pelo mundo, foram fazer seminários em Paris e encontros do clima em diversos lugares do planeta, enquanto a população da Amazônia vive no pior Índice de Desenvolvimento Humano”, concluiu.

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