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RS: pista do Cavalo Crioulo ganha recuperação completa e modificações na estrutura

Objetivo das reformas segundo a ABCCC é proporcionar melhor ambiente aos animais envolvidos nas atividades


Foto: Pixabay

Antes de colocar o ciclo 2021 em prática, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) trabalha para preparar o "terreno" daquela que receberá a maior parte das provas da temporada: a pista do Cavalo Crioulo, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Desde o ano passado, com o calendário adaptado à realidade imposta pela pandemia, as modalidades se concentraram no local. E agora, para dar início às atividades do ciclo 2021, a pista passou pela recuperação completa do solo/piso até a superfície e ainda ganhou reformas importantes em sua estrutura geral.

Durante os sete dias de obra, o responsável pela estruturação de pistas, Sérgio Tadashi Ishibe, recuperou não só a área principal, mas também a que contempla o aquecimento dos animais, mangueira de alojamento do gado, locais de acesso e espaços de trânsito dos cavalos. Sérgio explica que a recuperação aconteceu sobre as três camadas que formam o piso, sendo elas a argila, o saibro e a areia, possibilitando a estabilidade do solo em diferentes climas e, por consequência, muita segurança aos conjuntos em prova. "O saibro filtra muito mais a água do que se estivesse só na argila. Assim o cavalo debaixo de chuva não vai escorregar, por isso é uma pista tão segura. E com o tempo bom você só tem que ter um manejo maior para que ela fique mais macia", conta o profissional especialista no assunto há mais de sete anos, trabalhando com pistas de diversas modalidades, como rédeas, tambor e outras - fixas ou itinerantes.

A iniciativa, segundo o vice-presidente executivo de Eventos da ABCCC, Eduardo Neto de Azevedo, veio a partir da troca de ideia com os ginetes por meio da comissão que reúne esses profissionais. E, claro, da intenção de proporcionar o melhor ambiente possível a todos os animais envolvidos nas atividades - do cavalo ao gado - na premissa do bem-estar animal. “As principais provas estão vindo para cá e nesse ano mais ainda, porque vamos realizar as credenciadoras. A gente precisa de um solo bom para evitar qualquer tipo de lesão nos cavalos”, enfatizou Azevedo.

A pista de aquecimento, por exemplo, conta agora com o mesmo material da pista principal que possui medida de 180 por 50 metros, assim como os acessos a ela. No alojamento dos bovinos, por sua vez, todo sistema de drenagem foi pensado para que o descanso e a alimentação seja em um local seco e adequado. “Trocamos o material presente nas mangueiras de aparte e descanso do gado. Foi feito um trabalho de nivelamento para evitar o acúmulo da água das chuvas no local, proporcionando assim um local seguro e cômodo para que o gado, quando permaneça no parque, esteja em boas condições, refletindo positivamente no andamento das provas”, explicou o gerente do setor de Provas Funcionais, Morfológicas e Expansão da ABCCC, Gérson de Medeiros.

Outra mudança na área do Cavalo Crioulo é a estrutura “em volta”, como o brete, para a saída do boi nas paleteadas e provas de campo. Com melhor visibilidade nas laterais, o contato entre os ginetes para solicitar a largada do gado ficou ainda mais eficiente, assim como a percepção dos movimentos do bovino prestes a correr. A altura da cerca, assim  como amadeiramento de algumas partes específicas que envolvem a pista principal, também foram trocados.
 

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