Tuberculina tem prazo de validade dobrado
Produto usado para diagnóstico de tuberculose em bovinos tinha prazo de 1 ano
O Instituto Biológico, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, conseguiu dobrar o prazo de validade da tuberculina, produto usado para o diagnóstico de tuberculose em bovinos de 1 para 2 anos. Com isso, os distribuidores e pecuaristas poderão programar melhor suas compras, armazenar o produto e reduzir o desperdício.
A turberculina bovina e a aviária são usadas para triagem e confirmação do diagnóstico de tuberculose em animais de produção. “Antes, a validade era de um ano, mas na prática, era bem menor para o produtor, pois tinha todo o trâmite de aprovação das partidas no Mapa e logística. Com a nova validade, haverá menos desperdício de produto", afirma o médico-veterinário do IB, Ricardo Spacagna Jordão.
O Mapa também liberou que o Instituto Biológico começasse a produzir o AAT, usado para o diagnóstico de brucelose, com prazo de validade de 18 meses, seis meses a mais do que é encontrado hoje no mercado. Apesar da liberação, os produtores devem começar a encontrar o antígeno com novo prazo de validade em breve nos pontos de venda.
O Instituto Biológico é a única instituição do Brasil, autorizada pelo Mapa, a produzir imunobiológicos, antígenos usados para diagnóstico de tuberculose e brucelose em bovinos. Sem esses produtos, o país não pode vender nem comprar animais no exterior. A falta deles também prejudica o trânsito interestadual de animais e pode impactar diretamente na saúde da população.
A tuberculose bovina afeta bovinos e búfalos e pode ser transmitida ao homem. Causada por uma bactéria causa diversos prejuízos desde a queda na produção de leite, perdas também na produção de carne e a condenação de carcaças com lesões de tuberculose no abatedouro. Já a brucelose, também causada por uma bactéria, afeta gado leiteiro e de corte e pode levar a perdas de R$ 892 milhões por ano no Brasil.
* com informações da assessoria de imprensa