Preços do milho ganham fôlego com retomada em Chicago
Mercado internacional de milho sinalizou recuperação em setembro

O mercado internacional de milho sinalizou recuperação em setembro. Na Bolsa de Chicago, os contratos atingiram US$ 4,25/bushel no dia 25, aproximando-se das máximas do mês. No Brasil, os preços mantiveram-se estáveis, com leve tendência de alta. No Rio Grande do Sul, a média ficou em R$ 61,53/saca, segundo levantamento da CEEMA.
Nos Estados Unidos, a colheita alcançava 11% da área plantada até o dia 21, com 66% das lavouras em condição boa ou excelente. Esse cenário, alinhado à demanda externa consistente, sustentou os preços em Chicago após oscilações entre US$ 3,97 e US$ 4,29/bushel ao longo do mês.
No Brasil, os olhos do mercado se voltam ao plantio da safra de verão, que atingia 20,8% da área prevista até 20 de setembro, conforme a Conab. O Rio Grande do Sul lidera com 66%, seguido de Paraná (44%) e Santa Catarina (35%). Problemas climáticos, como a seca no Norte do Paraná e presença de cigarrinha no Sul, acendem alertas.
"Apesar do ritmo bom no plantio, a cigarrinha já preocupa no Sul e pode trazer prejuízos significativos se não houver controle rápido", afirma o agrônomo Paulo Bittencourt, consultor em manejo de pragas. A previsão de safra de verão gira entre 25 e 26 milhões de toneladas.
Mesmo com o avanço da colheita da safrinha, a comercialização segue lenta. Estima-se que 56% da produção já tenha sido vendida, abaixo da média de 60%. Segundo a Brandalizze Consulting, cerca de 59 milhões de toneladas ainda estão nas mãos dos produtores. No Mato Grosso, 68% da safrinha 2025 já foi negociada.
As exportações somaram 4,7 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias úteis de setembro, alta de 3,1% sobre igual período de 2024. Apesar da competitividade reduzida frente a concorrentes, a previsão para 2025 segue em 40 milhões de toneladas exportadas.