Oferta restrita mantém negociação de milho travada

O plantio da safra 2025/26 de milho apresenta diferentes estágios e desafios em diversas regiões do Brasil, refletindo uma combinação de fatores climáticos, logísticos e de mercado. Segundo a TF Agroeconômica, a oferta restrita em várias regiões mantém os compradores cautelosos, apesar do avanço do plantio em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

No Rio Grande do Sul, o plantio está mais adiantado no país, mas o mercado local segue com liquidez reduzida e negociações pontuais. O abastecimento ainda depende de grãos vindos de fora do estado e do Paraguai, enquanto a produção local destina-se principalmente às granjas de ovos e ao consumo interno. As indicações de compra variam entre R$ 67,00 e R$ 70,00/saca, com referência futura em R$ 69,00/saca para fevereiro de 2026.

Em Santa Catarina, o plantio avança com boas condições, porém o mercado permanece travado. Em Campos Novos, os produtores pedem R$ 80,00/saca, mas as ofertas não passam de R$ 70,00. No Planalto Norte, o descompasso entre pedidas e ofertas também é significativo, travando negociações e fazendo alguns agricultores reavaliarem investimentos para o próximo ciclo.

No Paraná, apesar de uma colheita recorde quase concluída, o novo ciclo apresenta andamento desigual. Os produtores pedem em média R$ 73,00/saca, podendo chegar a R$ 75,00, enquanto a indústria oferece abaixo de R$ 70,00 CIF, mantendo o mercado spot praticamente parado. Em Mato Grosso do Sul, o mercado segue com liquidez baixa e cotações entre R$ 48,00 e R$ 53,00/saca, com vendedores cautelosos e negócios limitados, evidenciando a disparidade regional da safra.