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Traça-da-maçã: portaria reforça prevenção à Cydia pomonella

Portaria estabelece diretrizes para manter o Brasil livre da praga quarentenária


Foto: Pixabay

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria SDA/Mapa nº 1.369/25, instituindo o Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Cydia pomonella (traça-da-maçã). A publicação ocorreu no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo o Mapa, a medida tem como objetivo reforçar ações de prevenção, monitoramento e vigilância fitossanitária, assegurando que o Brasil mantenha o status de país livre da praga, reconhecido internacionalmente desde 2014. A Cydia pomonella é considerada uma das principais ameaças à produção de maçã e pera em todo o mundo, podendo causar prejuízos econômicos significativos caso seja introduzida no território nacional. O ministério informou que, junto com os órgãos estaduais de defesa vegetal, já monitora a praga em pontos de ingresso e áreas de produção. A instituição do PNPV-Cydia reforça essas ações.

Entre as diretrizes do plano estão a instalação e o monitoramento de armadilhas com feromônio em áreas de risco, a fiscalização e o controle de trânsito em pontos de ingresso de produtos vegetais, ações de educação sanitária, capacitação técnica de fiscais e agentes de defesa agropecuária, além da definição de procedimentos emergenciais de contenção e erradicação em caso de detecções.

O plano também prevê a integração entre órgãos federais e estaduais de defesa vegetal, com a participação do setor produtivo, para garantir maior eficiência na prevenção da entrada da praga.

A Cydia pomonella, conhecida como traça-da-maçã, é uma mariposa classificada como praga quarentenária ausente, ou seja, não ocorre no Brasil e sua introdução representaria risco à fruticultura nacional.

Originária da Europa, a praga já está presente em diversos países da América Latina, como Chile, Argentina e Uruguai, produtores e exportadores de maçã e pera.

No Brasil, os frutos hospedeiros mais suscetíveis — maçã e pera — são cultivados principalmente na Serra Gaúcha, no Planalto de Santa Catarina e no Sul do Paraná, regiões responsáveis pela maior parte da produção nacional. As lagartas atacam diretamente os frutos, perfurando a polpa e comprometendo sua qualidade e valor comercial. Além das perdas diretas, a entrada da praga poderia gerar restrições de exportação, prejudicando a competitividade do setor brasileiro, hoje beneficiado pelo status de país livre da Cydia pomonella.

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