Oferta limitada pressiona mercado de feijão
O pico da safra ocorreu em agosto

Na última semana, durante reunião com o grupo Grandes Produtores de feijão e trigo da Syngenta (GPFT), foi apresentada uma análise sobre o abastecimento de feijão no Brasil até o final de 2025. Segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), os dados confirmam um quadro desafiador, em que a oferta limitada tende a pressionar os preços no mercado interno.
O pico da safra ocorreu em agosto, mas já em setembro os novos patamares de preços se mostram sólidos, indicando que os cálculos de mercado estão corretos. No caso do Feijão-carioca, a expectativa é de que os valores subam de forma significativa para reduzir o consumo. A própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em sua primeira previsão para a safra de 2026, já projeta redução na área cultivada de Feijão-cores, refletindo também os relatos do campo: a comercialização de sementes foi muito abaixo do esperado.
Nesse contexto, os produtores mais atentos têm optado por negociar de forma gradual, sem pressa em liquidar seus estoques. Essa estratégia ganha força diante da perspectiva de alta contínua, reforçando a importância do uso do preço médio como ferramenta para mitigar riscos e garantir melhores resultados.
Com menor oferta e expectativa de preços em ascensão, o consumidor deve sentir os efeitos já nos próximos meses. Para os produtores, a paciência e a gestão de estoques se consolidam como as principais armas em um cenário de incertezas, em que os movimentos do mercado tendem a favorecer quem adota uma postura de cautela e planejamento. As informações foram divulgadas na última sexta-feira.