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Produtores de trigo enfrentam queda

O mercado físico permanece retraído


O mercado físico permanece retraído O mercado físico permanece retraído - Foto: Seane Lennon

As lavouras de trigo no Rio Grande do Sul apresentam evolução satisfatória, embora estejam sujeitas à variabilidade climática de cada região. Segundo a TF Agroeconômica, chuvas volumosas nos dias 20 e 21 de setembro causaram apreensão quanto à sanidade das plantas e ao risco de acamamento, especialmente em áreas em floração e enchimento de grãos, levando a um manejo fitossanitário intensificado. Atualmente, 35% das lavouras estão em floração, 35% em enchimento de grãos, 25% em desenvolvimento vegetativo e 5% em maturação, refletindo a heterogeneidade do cultivo no estado.

O mercado físico permanece retraído, com preços estáveis ou em ligeira queda. Negócios recentes indicam lotes de trigos PH 78, FN 250 e Don a R$ 1.150 no interior, enquanto compradores pontuais sugerem R$ 1.100, mas vendedores ainda não aceitam este valor. Para exportação, o preço recuou para R$ 1.180 com opção de entrega de trigo de ração com deságio de 20%, mantendo o volume exportado em 60 mil toneladas. A chegada de trigo argentino ao porto de Rio Grande, prevista para 27 de setembro, deve trazer 30 mil toneladas, com preços próximos de US$ 261 a US$ 265 por tonelada.

Em Santa Catarina, o mercado local segue sem ofertas significativas, com trigos gaúchos atendendo às poucas demandas. Os preços pagos aos produtores variam: Canoinhas R$ 75,67/saca, Chapecó R$ 66,00, Joaçaba R$ 74,50, Rio do Sul R$ 72,00, São Miguel do Oeste R$ 76,00 e Xanxerê R$ 74,00, refletindo estabilidade ou ligeiros recuos em relação às semanas anteriores.

No Paraná, a alta do dólar e a estabilidade do preço do trigo argentino mantêm os valores no Brasil elevados. Indicações de preços CIF para moinhos variam entre R$ 1.250 e R$ 1.300, com alguns negócios ocorrendo a até R$ 1.350, enquanto o trigo gaúcho segue com ofertas a R$ 1.100 FOB. Com a média de preços pagos aos produtores recuando 3,87% para R$ 70,50/saca e o custo de produção atualizado em R$ 74,63, o prejuízo estimado para os triticultores chega a 5,53%, apesar de oportunidades de lucro terem sido registradas no mercado futuro.
 

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