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Sementes: por que qualidade e procedência são decisivas na lavoura?

Escolha da semente é um investimento na produtividade



Foto: Canva

Às vésperas de uma nova safra, produtores rurais têm em mãos uma das decisões mais estratégicas do ciclo produtivo: a escolha da semente. E, diferentemente do que muitos ainda imaginam, optar por sementes de alta qualidade vai muito além de uma questão de marca – trata-se de um investimento direto na produtividade, no controle fitossanitário e na viabilidade econômica da lavoura.

Segundo especialistas, o uso de sementes certificadas e com alto vigor germinativo impacta diretamente na uniformidade da emergência, no número de plantas por hectare, na sanidade das plantas, na produtividade, dentre outros, o que influencia diretamente a expectativa de colheita.
Entre os atributos que devem ser considerados estão: pureza genética, germinação, vigor, sanidade e tratamento industrial. Sementes salvas, por sua vez, carregam riscos significativos – entre eles a presença de patógenos, baixo vigor e desuniformidade de plantas.

Além disso, a origem das sementes influencia no potencial de resposta às adversidades do campo. Cultivares adaptadas à região de cultivo, com histórico comprovado em desempenho, aumentam a chance de êxito em ambientes desafiadores.

Com os custos de produção elevados e margens cada vez mais apertadas, apostar em sementes de procedência segura não é um luxo: é uma estratégia racional para minimizar riscos e garantir retorno sobre investimento. E para o produtor atento, o momento de definir esse insumo é agora.

A escolha da semente também define, em grande parte, a eficiência do estande inicial da cultura – etapa crítica do ponto de vista agronômico. Um estande falho pode comprometer o arranjo espacial, aumentar a competição entre plantas e reduzir o potencial produtivo, mesmo em lavouras com manejo tecnificado.

Do ponto de vista fisiológico, o vigor da semente determina a capacidade da plântula suportar estresses iniciais, como variações de temperatura, umidade do solo ou ataques iniciais de patógenos. Essa característica é avaliada em laboratório por meio de testes específicos, como o de envelhecimento acelerado e o de condutividade elétrica.

Outro aspecto técnico importante está no tratamento industrial das sementes, que garante cobertura uniforme com inseticidas, fungicidas e bioestimulantes, além de reduzir a exposição do operador ao manuseio de produtos químicos. Esse tratamento assegura proteção na fase inicial de desenvolvimento, quando a planta ainda está formando seu sistema radicular e folhas primárias.

Além da tecnologia embarcada, as sementes certificadas passam por um rigoroso processo de rastreabilidade, desde a produção até o beneficiamento, o que assegura conformidade com os padrões legais e fitossanitários exigidos pelo Ministério da Agricultura. Esse controle permite ao produtor tomar decisões mais seguras e amparadas tecnicamente.

Semente é mais do que insumo: é o ponto de partida de todo o sistema produtivo. Escolher com critério técnico é um passo essencial para quem busca não apenas produtividade, mas sustentabilidade e longevidade.

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