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Consultoria: alta do milho deve seguir

Outro elemento de alta são as estimativas privadas


Outro elemento de alta são as estimativas privadas Outro elemento de alta são as estimativas privadas - Foto: Leonardo Gottems

A movimentação recente do mercado internacional de milho confirma a recuperação dos preços ao longo do segundo semestre de 2025, sustentada sobretudo pelo avanço da demanda externa. A tendência de alta deve seguir até o início de 2026, mas especialistas alertam para a necessidade de atenção ao custo de carregamento das posições ainda não comercializadas. Segundo a TF Agroeconômica, o produtor precisa considerar as correções de custos já apresentadas em boletins anteriores para evitar prejuízos.

Entre os fatores de sustentação, o ritmo acelerado das exportações dos Estados Unidos permanece central. De acordo com dados semanais do USDA, as vendas para a temporada 2025/2026 alcançaram 1.994.900 toneladas no fim de outubro, acumulando 37,36 milhões de toneladas, volume 30,68% acima do registrado no ano anterior e equivalente a quase metade da meta recorde projetada pelo órgão. O setor de etanol também contribui para o cenário positivo, com produção diária norte-americana atingindo 1.126.000 barris, resultado que superou marcas anteriores e pode levar a uma revisão na demanda industrial de milho.

Outro elemento de alta são as estimativas privadas que apontam queda nos estoques finais de milho nos Estados Unidos, ligeiramente abaixo da projeção oficial mais recente. No mercado europeu, a redução das compras de milho ucraniano e o aumento da participação de outros fornecedores, como Brasil e Estados Unidos, ampliam oportunidades comerciais para esses países.

Por outro lado, fatores de pressão também influenciam o mercado. A liquidação de contratos por fundos de investimento e o aumento das vendas físicas após o encerramento da safra norte-americana contribuíram para a correção dos preços. No Brasil, a forte desvalorização do real diante do dólar intensificou a oferta de milho, estimulando produtores a aproveitar a relação cambial. Segundo a TF Agroeconômica, esse movimento esteve ligado ao impacto político da candidatura de Flávio Bolsonaro à eleição presidencial de 2026.
 

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