Soja fecha em leve alta em Chicago
A pressão sobre os preços veio da Argentina

A soja encerrou em leve alta nesta terça-feira na bolsa de Chicago, com recomposição de posições sobre vendidas e preocupações com a qualidade das lavouras colhidas. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato para novembro subiu 0,10%, a US$ 1.012,00 por bushel, enquanto o de janeiro avançou 0,12%, a US$ 1.031,75. O farelo de soja para outubro caiu 1,36%, a US$ 275,10 por tonelada curta, e o óleo de soja avançou 0,37%, a US$ 49,35 por libra-peso.
A pressão sobre os preços veio da Argentina, que retirou temporariamente impostos sobre a exportação, aumentando a oferta da oleaginosa para o mercado internacional. Corretoras de Buenos Aires destacaram que a soja foi a “vedete” do dia, com embarques significativos para a China, enquanto trigo e milho permaneceram estáveis. A maior atratividade da soja faz com que produtores e exportadores americanos sintam mais pressão, principalmente com a China cobrindo estoques e reduzindo cada vez mais a janela de compras nesta temporada.
Nos Estados Unidos, a seca continua afetando negativamente as lavouras, elevando a probabilidade de uma produção menor do que os 117,05 milhões de toneladas projetados pelo USDA. A combinação de cobertura de posições pelos fundos e deterioração das safras sustentou a leve recuperação observada no final da sessão, após quatro quedas consecutivas.
O consultor Michael Cordonnier revisou a produtividade média da soja americana para 3.497 kg/ha, abaixo da estimativa do USDA de 3.598 kg/ha, o que reduziria a produção total para cerca de 113,7 milhões de toneladas. Esse cenário reforça a tendência altista no curto prazo, principalmente diante da atenção dos compradores internacionais e da escassez gradual de oferta norte-americana.