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Índia treina mulheres operadoras de drones agrícolas

Projeto empodera mulheres para atuar nas aplicações aéreas em lavouras

Foto: Pixabay

Desde o ano passado, o governo da Índia mantém em funcionamento o projeto Namo Drone Didi para empoderar mulheres no campo através do treinamento e auxílio para a aquisição de drones agrícolas. Com a meta de equipar com a tecnologia remota, até 2026, cerca de 15 mil Grupos de Autoajuda (SHGs, na sigla em inglês) espalhados pelo País. Os grupos ganham treinamento especializado, indicando mulheres para participar de um curso de 15 dias – cinco dias aprendendo a pilotar drones e 10 dias de aulas sobre aplicação de defensivos e fertilizantes. Recebendo, a partir daí, certificação da Direção Geral de Aviação Civil do PAÍS (DGCA, na sigla em inglês) para operar os equipamentos. Além disso,

A ajuda financeira governamental consiste em subsídio de valor de 800 mil rúpias indianas (equivalente a cerca de 50 mil reais), que, em tese, lá paga 80% do custo do equipamento. Além de empréstimos com juros reduzidos, via Fundo de Infraestrutura Agrícola (AIF, na sigla em inglês), para cobrir o restante do valor. As chamadas Drone Didis recebem também cursos gratuitos sobre reparos e manutenção de drones. E a meta é que cada grupo possa atender entre 800 e 1 mil hectares por ano.

Bill Gates

O projeto atraiu até o ex-CEO da Microsoft, Bill Gates, que em março deste ano visitou o Centro de Ciências Agrárias (Krishi Vigyan Kendra – KVK) de Nova Déli para ver de perto a iniciativa. A visita foi facilitada pela Hindustan Urvarak & Rasayan Limited (HURL), uma joint venture encabeçada pelas principais empresas públicas de produção de fertilizantes do país. O filantropo norte-americano aproveitou para compartilhar a iniciativa em suas redes sociais.

Os KVKs atuam em nível distrital, como ponte entre a pesquisa e as práticas agrícolas. Seu objetivo é transferir tecnologias agrícolas, realizar treinamentos e oferecer serviços de consultoria para aumentar a produtividade e promover a agricultura sustentável. Esses centros são também associados a universidades agrícolas locais.

Segundo a imprensa indiana, agora em maio, por exemplo, um grupo de 10 mulheres da região de Varanasi, no leste do país, ganhou 338,5 mil rúpias (equivalente a 22,57 mil reais) em dez meses. Valor considerável para um país que tem um cenário complexo: apesar de ser uma das maiores economias do planeta a Índia também é a nação no mundo que mais tem pessoas (234 milhões) vivendo na pobreza, segundo o relatório de 2024 da Organização das Nações Unidas (ONU).

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