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Mercado do trigo segue travado no Sul

No Paraná, os preços domésticos se aproximam da paridade de importação



Em Santa Catarina, o mercado segue travado pela dificuldade de venda da farinha Em Santa Catarina, o mercado segue travado pela dificuldade de venda da farinha - Foto: Pixabay

Segundo levantamento da TF Agroeconômica, divulgado nesta terça-feira (20/08), o mercado de trigo no Sul do Brasil permanece pressionado e marcado pela incerteza, tanto no disponível quanto na nova safra. No Rio Grande do Sul, os produtores reduziram as fixações, o que trouxe alívio momentâneo aos preços, enquanto o plantio da safra 2025 começa de forma incerta. Agentes privados estimam uma área de 1,15 milhão de hectares, com redução média de 40% no uso de fertilizantes de base. No disponível, os negócios seguem pontuais, com preços variando entre R\$ 1.300,00 e R\$ 1.400,00 por tonelada no interior. Já os preços da pedra em Panambi recuaram para R\$ 70,00 por saca.

Em Santa Catarina, o mercado segue travado pela dificuldade de venda da farinha. Ainda assim, os preços pagos aos triticultores permaneceram estáveis nas principais praças pelo quinto mês consecutivo. Em Canoinhas, a saca está em R\$ 78,00; Chapecó, R\$ 75,00; Joaçaba, R\$ 79,00; Rio do Sul e Xanxerê, R\$ 80,00. A origem do trigo catarinense também registra negociações pontuais com grãos do Rio Grande do Sul a R\$ 1.330,00 FOB, dependendo da demanda das indústrias.

No Paraná, os preços domésticos se aproximam da paridade de importação. Os moinhos indicam R\$ 1.550,00 FOB para os bem comprados e até R\$ 1.600,00 para entregas em junho. A concorrência com trigo argentino é clara: há oferta no porto a R\$ 1.520,00 a tonelada, e a chegada de quatro navios do cereal importado está prevista ainda para este mês. Na nova safra, os compradores indicam entre R\$ 1.450,00 e R\$ 1.500,00 CIF, valores semelhantes aos do início da safra passada.

Os preços da pedra no Paraná caíram 0,44% na semana, com a média estadual, segundo o Deral, fechando em R\$ 79,74 por saca. Apesar do recuo, o lucro do triticultor segue positivo, com margem média de 8,44%, frente a um custo de produção estimado em R\$ 73,53. 
 

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