Soja mantém alta moderada diante de incertezas
Pacote dos EUA pode influenciar o mercado

A soja encerrou o pregão desta terça-feira (8) em leve alta na Bolsa de Chicago (CBOT), em um cenário de incertezas e ausência de informações fundamentais. Segundo dados da TF Agroeconômica, o contrato para novembro subiu 0,42%, ou 4,50 cents por bushel, fechando a US$ 1.022,00. O vencimento de janeiro avançou 0,36%, a US$ 1.039,50. No segmento de derivados, o farelo de soja para outubro teve alta mínima de 0,04%, a US$ 268,90 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 1,49%, cotado a US$ 50,53 por libra-peso.
O movimento de alta foi sustentado pelas expectativas em torno do programa de auxílio aos agricultores norte-americanos, que o governo dos Estados Unidos havia prometido divulgar ainda nesta semana. Entretanto, algumas fontes indicam que o anúncio pode ser adiado para o fim de semana, e analistas avaliam que sua implementação depende da resolução da paralisação parcial do governo. Caso concretizado, o pacote pode ter impacto neutro ou levemente positivo sobre os preços, a depender do volume de recursos liberados.
Para Andrey Sizov, diretor da SovEcon, ainda não há sinais de retomada no comércio de soja entre EUA e China. Ele avalia que Pequim deve manter postura cautelosa, podendo postergar eventuais negociações até 2026, mais próximo das eleições de meio de mandato.
Com o mercado operando sem dados oficiais e sem avanços nas relações comerciais, a soja permanece dentro de uma faixa estreita de preços. Contudo, analistas alertam que qualquer novidade sobre o programa de apoio ou sobre o comércio internacional pode rapidamente alterar o cenário atual.