Mercado de trigo mantém ritmo moderado no fim do ano
No Rio Grande do Sul, produtores e armazenadores mantêm negociações diárias
No Rio Grande do Sul, produtores e armazenadores mantêm negociações diárias - Foto: Agrolink
O mercado de trigo registra ritmo moderado neste fim de ano, marcado por avanços pontuais na comercialização e preços ainda estáveis nas principais regiões produtoras. Segundo a TF Agroeconômica, o cenário reflete estratégias cautelosas de venda e variações locais de oferta e demanda.
No Rio Grande do Sul, produtores e armazenadores mantêm negociações diárias, mas abaixo do volume esperado para o início da safra. A estimativa é de que 1,5 milhão de toneladas já tenham sido vendidas, algo entre 40% e 42% da produção. Os preços variam de 1100 a 1150 reais nos moinhos locais, enquanto no porto o trigo de moagem é cotado entre 1180 e 1190 reais para dezembro e janeiro. O trigo de ração oscila entre 1120 e 1130 reais, e o preço ao produtor segue em 54 reais em Panambi.
Em Santa Catarina, o mercado permanece lento, influenciado pela preparação dos moinhos para férias coletivas. Há maior movimento no balcão com o avanço da colheita, mas os lotes seguem travados. Compradores avaliam 1150 reais CIF para janeiro, valor não aceito pelos vendedores. As negociações ocorrem de forma pontual entre 1100 e 1120 reais FOB. Os preços ao produtor se mantêm estáveis ou com pequenas oscilações, variando de 60 reais em Chapecó a 66 reais em Xanxerê.
No Paraná, o mercado opera em ritmo reduzido típico de fim de ano, com preços estáveis. As indicações dos moinhos vão de 1170 a 1180 reais CIF nos Campos Gerais e Curitiba, chegando a 1250 reais no Norte. O produtor pede entre 1200 e 1250 reais FOB. O trigo argentino ganhou competitividade com a queda do dólar, tornando-se alternativa ao produto gaúcho. A atualização do custo variável de produção pelo DERAL reduziu o prejuízo dos agricultores para 12,04%, diante do preço médio de 63,73 reais por saca.