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Ainda é possível lucrar com milho

No Brasil, a situação se complica


No Brasil, a situação se complica No Brasil, a situação se complica - Foto: Nadia Borges

O mercado internacional de milho segue sob forte pressão, refletindo a alta da safra americana desta temporada. Segundo a TF Agroeconômica, o aumento recorde da produção nos Estados Unidos, aliado a fretes marítimos menores para os principais destinos, favorece as exportações americanas em detrimento do Brasil, que também vê sua oferta interna aumentar, limitando a possibilidade de alta nos preços domésticos.

No Brasil, a situação se complica: apesar da demanda dos setores de carnes e etanol, os preços internos permanecem contidos, principalmente devido ao fraco desempenho das exportações. De acordo com dados do CEPEA e DERAL, os produtores recebem cerca de R$ 65,21 por saca, enquanto os custos médios chegam a R$ 73,55, resultando em um prejuízo aproximado de 11,34%.

Entre os fatores de baixa que mantêm o mercado pressionado estão as vendas de commodities para cobrir perdas financeiras, a escalada das tensões comerciais entre EUA e China e o avanço rápido da colheita americana em condições ideais. Além disso, a forte desvalorização do real frente ao dólar, que fechou em 2,38% em Chicago, incentiva os produtores brasileiros a venderem seus estoques excedentes, pressionando ainda mais os preços internos.

A ausência de dados oficiais devido à paralisação do governo americano também contribuiu para a volatilidade da semana, deixando os comerciantes sem referências precisas sobre exportações e estimativas agrícolas, essenciais para nortear decisões de venda e compra.

Em termos de recomendações, a TF Agroeconômica reforça que, para quem precisou vender milho em julho para cobrir compromissos financeiros, a compra de contratos na B3 teria compensado parte das perdas. Para aqueles que não adotaram essa estratégia, ainda é possível atuar no mercado, embora com expectativa de lucro menor, reforçando a importância de planejamento para a próxima safra.
 

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