Diversificação impulsiona nova fase do agronegócio
O amendoim desponta como símbolo da nova fase

Mato Grosso do Sul vive uma transformação no agronegócio brasileiro. Antes conhecido pela força da soja, do milho e da pecuária bovina, o Estado amplia sua base produtiva com destaque para o amendoim, a carne suína, a avicultura e a citricultura. Somadas ao avanço da silvicultura e da agroindústria, essas cadeias refletem um campo mais moderno, sustentável e competitivo. Segundo o Sistema Famasul, o setor somou US$ 9,9 bilhões em exportações em 2024, com saldo comercial de US$ 7,16 bilhões, impulsionando o desenvolvimento e a inclusão produtiva no interior.
O amendoim desponta como símbolo da nova fase. Na safra 2024/2025, o Estado se tornou o segundo maior produtor do país, com 100 mil toneladas colhidas. A cultura vem se consolidando em rotação com soja e milho, elevando a produtividade e incentivando a instalação de agroindústrias que agregam valor e geram empregos. Na proteína animal, a suinocultura mantém ritmo forte, com 121 mil matrizes e previsão de abate de 3,8 milhões de cabeças em 2025, apoiada por sistemas integrados, biossegurança e geração de biogás.
A avicultura também cresce, com 175,9 milhões de frangos abatidos em 2024, garantindo ao Estado o 7º lugar nacional. O desempenho é resultado de investimentos em genética e novas plantas frigoríficas voltadas à exportação. A Rota Bioceânica, com ponte entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (Paraguai), deve começar a operar em 2025, conectando o Estado ao Pacífico. Com PIB de R$ 190 bilhões e crescimento de 6,6% em 2024, Mato Grosso do Sul mantém a menor taxa de desemprego do Centro-Oeste (3,7%) e segue consolidando um agronegócio diversificado e sustentável.