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Dólar em alta e exportações recordes: como afeta o mercado da soja?

Espera-se mais uma semana de volatilidade nas cotações da soja, com potenciais oportunidades de negociação para os produtores brasileiros diante da alta do câmbio


Dólar teve aumento em relação ao real, impulsionado por dados de inflação nos Estados Unidos acima das expectativas Dólar teve aumento em relação ao real, impulsionado por dados de inflação nos Estados Unidos acima das expectativas - Foto: Arquivo Agrolink

Após uma semana de movimentos turbulentos nos mercados globais, a análise de mercado da Grão Direto revela um cenário desafiador, mas de oportunidades para os produtores de soja. O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manteve as previsões de produção nos principais países produtores, mas indicou uma baixa demanda pela soja americana, o que elevou os estoques finais.

A fraca demanda ficou evidente com as vendas reportadas pelo USDA, totalizando cerca de 305 mil toneladas, marcando uma queda em relação ao mesmo período do ano anterior e à média das últimas 4 semanas. Além disso, o dólar teve aumento em relação ao real, impulsionado por dados de inflação nos Estados Unidos acima das expectativas, atingindo patamares próximos das máximas dos últimos 6 meses.

Em Chicago, o contrato de soja para março de 2024 encerrou em baixa, enquanto no mercado físico brasileiro foram observados movimentos positivos, influenciados pelo câmbio. Contudo, o momento atual é de oportunidades, apesar dos desafios enfrentados pela safra, especialmente devido aos altos custos de produção.

O Brasil conseguiu registrar exportações recordes no primeiro trimestre, mas com um preço médio por saca mais baixo desde 2019. A valorização do dólar e o aumento dos prêmios têm gerado boas oportunidades para os produtores brasileiros, que estão aproveitando para negociar parte de sua produção.

Entretanto, o início da safra nos EUA traz novas expectativas. O foco agora está na evolução do plantio e no desenvolvimento das lavouras, com condições climáticas até o momento favoráveis, mas sujeitas à volatilidade. Além disso, a lentidão nas compras chinesas preocupa, atribuída principalmente às margens reduzidas dos criadores de suínos, principal destino da soja importada.

Com os índices de inflação nos EUA surpreendendo o mercado, o dólar pode continuar em alta, sendo o principal destino dos investidores em meio à cautela econômica. Diante desse cenário, espera-se mais uma semana de volatilidade nas cotações da soja, com potenciais oportunidades de negociação para os produtores brasileiros diante da alta do câmbio e a valorização dos prêmios.

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