Superalimentos nativos impulsionam novos mercados
O setor ganhou impulso adicional após o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)
O setor ganhou impulso adicional após o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) - Foto: Divulgação
O mercado de superalimentos nativos do Brasil vive um momento de ascensão, impulsionado pelo interesse crescente por produtos naturais, rastreáveis e sustentáveis. Ingredientes como a castanha de baru, típica do Cerrado, têm conquistado espaço nas prateleiras e atraído investimentos voltados à estruturação da cadeia produtiva, fortalecendo pequenos produtores e cooperativas.
Entre os avanços recentes, destaca-se o trabalho de empresas como a Vista, criada em 2023, que atua na industrialização e comercialização de alimentos bioativos. Com uma fábrica em Vila Boa (GO), a companhia já movimentou cerca de R$ 1 milhão e repassou R$ 300 mil a produtores locais, garantindo padronização e rastreabilidade industrial do baru torrado. O produto é distribuído para empórios, redes de alimentação saudável e e-commerce, com expectativa de dobrar o faturamento até 2026.
O setor ganhou impulso adicional após o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciar a abertura de 389 mercados para exportação da castanha de baru torrada à União Europeia, um bloco que reúne 447 milhões de consumidores. A medida reforça o potencial do Brasil como origem de alimentos de alto valor nutricional e a importância econômica da biodiversidade nacional.
A aposta em superalimentos reflete uma tendência global que alia saúde, sustentabilidade e impacto social, transformando ingredientes regionais em vetores de desenvolvimento e identidade para o agronegócio brasileiro. “Nosso propósito é mostrar ao mundo a riqueza dos superalimentos brasileiros e fortalecer a relação entre nutrição de qualidade e desenvolvimento sustentável. Cada movimento da Vista é guiado por essa visão de longo prazo, unindo inovação comercial e responsabilidade socioambiental para gerar impacto positivo na mesa dos consumidores e nas comunidades que preservam nossas terras”, afirma Claudio Fernandes, CEO da Vista.