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Flá do Agro estreia coluna no Portal Agrolink

Jornalista une experiência no agro com estratégia de conteúdo digital


Foto: Divulgação

Energia, espontaneidade e criatividade marcam a trajetória de Flávia Macedo, hoje conhecida como Flá do Agro. Aos 17 anos, ela iniciou sua carreira no rádio e, desde então, passou por veículos renomados no agro. Flá do Agro decidiu empreender criando o perfil, onde une jornalismo, marketing digital, copywriting e storytelling para transformar informações técnicas em conteúdos criativos e com retorno comercial.

Agora, Flávia dá mais um passo e estreia uma coluna mensal no Portal Agrolink, trazendo reflexões, tendências e estratégias sobre como comunicar o agronegócio de forma leve, criativa e eficaz no digital.

Confira a coluna da Flá do Agro aqui.

Em entrevista ao Portal Agrolink, a jornalista falou sobre o que vai abordar nas colunas mensais e como o leitor pode se beneficiar com as dicas de marketing digital aplicadas ao agro.

Você afirma que dá para criar conteúdo criativo para qualquer produto do agro. Como você faz isso na prática?

“Eu acredito, sim, que dá para criar algo criativo para qualquer produto — seja em vídeo, texto ou até em outros formatos e plataformas. Essa é, inclusive, a frase que eu levo como base no Flá do Agro: é possível criar conteúdo criativo para qualquer coisa.”

O segredo, segundo ela, está em contar histórias e ampliar o olhar para além do produto em si. “Nas redes sociais é preciso vender sem parecer que está vendendo. Se a pessoa percebe que o conteúdo está apenas empurrando uma venda, ela perde o interesse.”

Para isso, Flávia defende a ideia de “valorizar a entrega criativa”, isto é, apresentar o produto dentro de uma narrativa atraente. “O grande ativo nas redes sociais é o tempo da pessoa. São três segundos para você impactar, que é o tempo comprovado pela neurociência para o cérebro decidir se continua ou passa para o próximo conteúdo. A disputa pela atenção é enorme, e é justamente aí que entram essas armas criativas.”

Como você se inspira para criar conteúdos que se destacam?

“A minha principal inspiração é o dia a dia. Desde a adolescência, antes mesmo de iniciar a carreira, sempre tive esse olhar observador, de prestar atenção nas pessoas, nos comportamentos e nas histórias que cada um carrega.”

Ela explica que esse exercício de observação se fortaleceu no jornalismo e se conecta ao trabalho nas redes sociais. “Eu acredito de verdade que todo mundo tem uma boa história para contar. Basta ter sensibilidade para captar e transformar isso em narrativa.”

No digital, a diferença está no formato: conteúdos curtos, dinâmicos e cheios de conexões. “Uma boa história precisa gerar identificação, trazer um conflito ou uma curiosidade que prenda a atenção. É nesse ponto que a observação se transforma em conteúdo criativo.”

Criatividade é dom ou é possível aprender?

“Eu acredito que é totalmente treinável. Claro, algumas pessoas têm essa habilidade de forma mais natural, mas isso não significa que quem não tem não possa desenvolver.”

Flávia explica que existem técnicas de associação e exercícios práticos que ajudam a estimular a criatividade no dia a dia. A inteligência artificial, segundo ela, também pode ser uma aliada, oferecendo ideias e ganchos, mas sem substituir a originalidade de cada pessoa.

Para ilustrar, ela faz uma comparação com a música: “Meu pai e meu marido, por exemplo, têm o dom de ouvido, conseguem tirar notas naturalmente. Eu, quando jovem, fiz aula de teclado por dois anos. Não tinha o dom, mas aprendi a tocar porque decorei a partitura e pratiquei. Ou seja, com técnica é possível aprender. Quem tem dom pode até ir mais rápido, mas com treino qualquer pessoa pode desenvolver a criatividade.”

Como você ensina produtores e marcas a ativarem o pensamento criativo para o conteúdo?

“O primeiro passo é entender o produto ou serviço que a pessoa quer vender e pesquisar o mercado em que ela está inserida.”

Ela destaca que as redes sociais hoje são ferramentas para todos — de influenciadores e empresas a profissionais do agro, como agrônomos e consultores, que querem se posicionar melhor e vender seus serviços.

“Depois de entender o mercado e o objetivo, é hora de criar uma estratégia que funcione para aquela realidade. Não adianta prometer três reels por dia se a pessoa não tem tempo ou energia para isso. Muitas vezes, um bom vídeo por semana, bem feito e bem direcionado, pode gerar muito mais resultado.”

Segundo Flávia, o maior desafio de quem começa é “traduzir os benefícios e diferenciais do seu produto ou serviço em ideias criativas.”

O que você vai abordar na coluna mensal e como surgiu o convite para integrar o time de colunistas do Agrolink?

“Eu tô muito feliz com essa nova etapa. Diferentemente da reportagem, a coluna traz mais liberdade e também responsabilidade, porque é um espaço para analisar tendências e impactos do mercado.”

Flávia conta que o convite veio de Nádia Borges, diretora do Agrolink, com quem já vinha realizando reportagens como correspondente da região Sudeste. Agora, como colunista, a proposta é ampliar esse olhar para a comunicação e o marketing digital aplicados ao agro. “Tenho me dedicado a testar e a aprender na prática, porque a internet é sobre teste, não só teoria. Nas colunas vou trazer essas tendências, apontar oportunidades de melhoria na comunicação e mostrar como produtores, empresas e profissionais podem valorizar o seu ticket de mercado, vender mais seu produto ou se diferenciar como um profissional de valor.”

Para que público são voltados os textos da sua coluna?

“Não enxergo um único perfil. O conteúdo é para todo interessado — do pesquisador ao agrônomo, do prestador de serviço às empresas do setor, e até o próprio produtor rural.”

Ela cita o exemplo de um produtor de soja que também tinha vinícola e buscava usar as redes para fortalecer sua marca. “Ele não queria vender mais soja, mas ser reconhecido como uma boa empresa para se trabalhar e atrair mão de obra qualificada. Isso é branding. A coluna também vai mostrar como cada um pode usar a comunicação para atingir seus próprios objetivos.”

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