Açúcar sobe com revisão de safra e menor oferta
A consultoria destaca que esses volumes refletem um cenário de preços desfavoráveis
A consultoria destaca que esses volumes refletem um cenário de preços menos favoráveis - Foto: Pixabay
O mercado de açúcar e etanol registrou movimentos distintos ao longo da última semana, influenciado tanto pelas condições climáticas no Centro-Sul quanto por novas projeções para as próximas safras. Os preços internacionais do adoçante avançaram em meio a ajustes nas expectativas de oferta, enquanto o biocombustível renovou máximas no encerramento acelerado da colheita de cana.
A StoneX revisou os números da temporada 2026/27 com previsão de moagem em 620,5 milhões de toneladas, redução do mix para 50,6% e produção estimada em 41,5 milhões de toneladas. A consultoria destaca que esses volumes refletem um cenário de preços menos favoráveis, o que tende a limitar a expansão do açúcar no mix industrial. Para 2025/26, a projeção de moagem foi mantida em 598,8 milhões de toneladas, com ajustes no ATR e no TCH. A evolução do clima deve definir o ritmo final da colheita, que pode ser encerrada de forma antecipada.
No mercado futuro, o contrato mais negociado do açúcar bruto encerrou a sexta-feira cotado a 15,21 centavos de dólar por libra-peso, acumulando alta semanal de 2,9%. A movimentação reflete a combinação entre revisão das estimativas de oferta e o avanço da entressafra na principal região produtora.
O etanol hidratado apresentou forte reação nas negociações do mercado paulista. A UNICA informou que 42 unidades encerraram a moagem na primeira metade de novembro e que o total de usinas fora da operação já chega a 120, frente a 70 no mesmo período do ano anterior. Em meio à menor disponibilidade, os negócios entre usinas e distribuidoras superaram 3,54 reais por litro, renovando o recorde anual e sustentando a tendência de preços mais firmes para o biocombustível.