Trigo em queda, mas oportunidades surgem
A recomendação é substituir operações no mercado físico pelas do mercado futuro

O mercado de trigo em grão registra quedas acentuadas nos preços atuais, mas as perspectivas para o primeiro semestre de 2026 indicam possível alta. Segundo a TF Agroeconômica, a expectativa de menor produção da próxima safra brasileira, somada à possível recuperação dos preços internacionais à medida que os estoques globais atuais forem consumidos, cria um cenário favorável tanto para agricultores quanto para moinhos. Apesar de a elevação não ser expressiva, a paralelidade entre os mercados nacional e internacional oferece oportunidade para proteção e maximização de lucros.
A recomendação é substituir operações no mercado físico pelas do mercado futuro. Essa estratégia permite garantir preços baixos de matéria-prima com apenas 8% a 12% do valor necessário no físico, liberando recursos para cobrir volumes maiores e enfrentar a concorrência atual no setor de farinhas.
Os moinhos, que geralmente compram grandes quantidades no físico para aproveitar os preços de safra, podem obter a mesma vantagem com menor custo e menor necessidade de armazenamento. A utilização de contratos futuros possibilita comprar trigo aos preços atuais de Chicago e revendê-los posteriormente, garantindo margem quando os preços subirem.
Assim, produtores e compradores podem se proteger contra a volatilidade do mercado, aproveitando o momento de preços baixos para planejar vendas e compras estratégicas ao longo do próximo semestre. O mercado futuro funciona como um instrumento de cobertura eficiente, equilibrando risco e custo. As informações foram divulgadas nesta manhã de segunda-feira.